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Ácidos graxos trans. Em três anos estarão proibidos nos EUA

Os fabricantes norte americanos da área agroalimentar têm prazo até junho de 2018 para não usar mais óleos vegetais parcialmente hidrogenados.

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Por Soline Roy – Le Figaro

 

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As autoridades sanitárias americanas têm continuado sua guerra contra os ácidos graxos trans. «Os óleos vegetais parcialmente hidrogenados, a principal fonte dietética dos ácidos graxos trans artificiais na produção de alimentos industriais, não são geralmente considerados seguros para uso na alimentação humana », explicou a Food and Drug administration (FDA) em um comunicado. Em 2013, após ter aberto uma consulta pública sobre a questão, o vigilante sanitário americano dá, a partir de agora, um prazo de três anos aos fabricantes para que elaborem receitas que não contenham ácidos graxos trans; no final deste prazo, aqueles que não encontrarem uma alternativa, deverão solicitar uma autorização especial da FDA para manter a venda de seus produtos. Uma pesquisa publicada em maio pelo Environmental Working Group - organização não governamental norte-americana, dedicada à proteção da saúde humana, estimou que 37 % dos produtos vendidos em supermercados norte-americanos continham ácidos graxos trans.

Os ácidos graxos trans são o resultado de processos industriais que permitem que matérias graxas sejam sólidas e mais estáveis: graça a eles, a pizza não fica rançosa, o cookie de chocolate não fica mole. Mas estes aliados preciosos da indústria agroalimentar também são acusados de danificar nosso coração e entupir nossas artérias. «Vários estudos epidemiológicos têm mostrado um vínculo entre os problemas cardiovasculares e o consumo elevado de ácidos graxos trans, superiores a 2 %, em relação ao consumo energético total », explica o Prof. Jean-Michel Lecerf, chefe do serviço de nutrição no Instituto Pasteur de Lille. Eles não são tóxicos em si mas elevam a taxa de colesterol «ruim» (LDL), baixando a do «bom» colesterol (HDL), explica o médico. Os ácidos graxos trans também foram acusados de aumentar o risco de câncer e doença metabólicas, mas isso ainda não foi formalmente estabelecido.

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Prevenir milhares de ataques cardíacos

«Há vinte ou trinta anos, consumia-se bastante ácidos graxos trans, por exemplo, todas as margarinas continham tais ácidos », diz o Prof. Lecerf. Mas os fabricantes têm encontrado alternativas e hoje, «é realmente possível fazer diferente e melhor », acrescenta o médico. Paradoxalmente, ele diz, é o azeite de dendê, por sua vez altamente criticado por questões ambientais e sanitárias que «permitiu que seu consumo fosse amplamente esquecido ».

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Por sua proibição, o FDA, que se diz preocupado com a saúde do coração dos Americanos, espera «reduzir as doenças coronárias e prevenir milhares de ataques cardíacos a cada ano », disse o seu diretor executivo, Dr. Stephen Ostroff. Desde 2006, a autoridade de saúde americana exige que os fabricantes indiquem nas embalagens, a quantidade de ácidos graxos trans contida nos produtos. Entre a modificação das receitas e a informação do público, o consumo de ácidos graxos trans teria diminuído em 78 % nos Estados-Unidos entre 2003 e 2012.

Na França, eles representavam 1,3 % dos aportes energéticos totais em adultos, de acordo com uma pesquisa realizada em 2005 pelo Instituto Nacional do câncer. Isto é,  bem abaixo dos 2 % a partir dos quais avalia-se que há um perigo, mas acima de 1% máximo recomendado em 2009 pela Organização mundial da Saúde em uma revista de literatura científica publicada no European Journal of Clinical Nutrition.

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«Chegamos a este resultado sem proibi-los. Mas é bom tentar eliminá-los, observa o Prof. Lecerf. Porque ainda há produtos que os contêm. Especialmente os produtos de segunda linha.»

 

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