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Acusado de achacar, André Moura disse que lugar de Schahin era na cadeia

Levantamento realizado pelo Sergipe 247 sobre a atuação do deputado federal André Moura (PSC), durante o depoimento de dirigentes do grupo Schahin, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, no ano passado, mostra que o parlamentar foi extremamente duro em seus questionamentos; André é investigado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato, pela suspeita de achacar os representantes do banco Schahin, como forma de intimida-los e humilha-los, a mando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB); ao fazer perguntas para Carlos Eduardo Schahin, o líder do PSC disse que o empresário desrespeitava o povo brasileiro e pressionou por declarações; Shahin ficou em silêncio

Levantamento realizado pelo Sergipe 247 sobre a atuação do deputado federal André Moura (PSC), durante o depoimento de dirigentes do grupo Schahin, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, no ano passado, mostra que o parlamentar foi extremamente duro em seus questionamentos; André é investigado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato, pela suspeita de achacar os representantes do banco Schahin, como forma de intimida-los e humilha-los, a mando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB); ao fazer perguntas para Carlos Eduardo Schahin, o líder do PSC disse que o empresário desrespeitava o povo brasileiro e pressionou por declarações; Shahin ficou em silêncio (Foto: Valter Lima)
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Valter Lima, do Sergipe 247 - Levantamento realizado pelo Sergipe 247 sobre a atuação do deputado federal André Moura (PSC), durante o depoimento de dirigentes do grupo Schahin, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, no ano passado, mostra que o parlamentar foi extremamente duro em seus questionamentos. André é investigado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato, pela suspeita de achacar os representantes do banco Schahin, como forma de intimida-los e humilha-los. 

A audiência pública na qual Carlos Eduardo Schahin, Milton Taufic Schahin, Salin Taufic Schahin, Rubens Taufic Schahin e Pedro Schahin foram interrogados, na condição de testemunhas, ocorreu em 27 de maio de 2015. O grupo Schahin é acusado de participação no esquema de corrupção em negócios envolvendo a Petrobras.

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Nesta reunião da CPI da Petrobras, da qual André Moura era um dos sub-relatores, ele sugeriu ao presidente da comissão que, mesmo diante do silêncio de Carlos Eduardo Schahin, os parlamentares fizessem perguntas aos dirigentes. Pedido acatado, André Moura afirmou que a decisão de Schahin em ficar calado era um “desrespeito” à CPI e que é melhor o empresário aceitar fazer a delação premiada “para não ver seus filhos sendo presos”.

“O senhor sabe que o fato de vir aqui e permanecer em silêncio, além de um desrespeito a esta CPI, à Câmara Federal e ao povo brasileiro, é uma prova inconteste de que as digitais de Vossa Senhoria, de sua família, estão em todo esse esquema de corrupção da Lava-Jato?”, perguntou o parlamentar sergipano.

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André prosseguiu: “O senhor a nada respondeu aqui nesta CPI, um senhor que tem família. O senhor não acha que isso tudo prejudica a sua família, podendo a sua família terminar em uma situação extremamente desconfortável, por conta do que vocês operaram — está claro que vocês operaram, não resta dúvida de que vocês operaram —, que mais cedo ou mais tarde isso tudo vai ser descoberto e que V.Sa. e sua família vão pagar por isso? V.Sa. não tem receio de que o fato de não vir aqui colaborar, isso tudo piora a sua situação?”.

O deputado elevou ainda mais o tom: “Na idade que o senhor tem, o senhor se presta a esse papel ridículo de vir aqui faltar com o respeito a esta CPI, a este Parlamento? V.Sa. não tem vergonha? Não tem vergonha? Tantos anos, V.Sa. não teve vergonha, nem V.Sa. nem a sua família, de participar desse esquema de corrupção, em que suas digitais estão lá presentes, e V.Sa. não tem vergonha de vir aqui desrespeitar esta Casa e o povo brasileiro, não?”.

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André Moura perguntou então se o empresário visitou ou conhece alguma penitenciária do país e disse que o silêncio de Carlos Eduardo “vai ser muito útil quando ele estiver preso. “Lá o senhor não vai ter com quem conversar. Lá você vai ficar real e verdadeiramente em silêncio, para aprender a respeitar o povo brasileiro, para aprender a não participar do esquema da corrupção de que V.Sa. e sua família participam e, acima de tudo, para aprender a respeitar este Parlamento. Lá, V.Sa., na cadeia, que é o lugar de V.Sa., realmente vai ficar em silêncio”, completou.

Na audiência, André Moura ainda fez perguntas sobre os contratos do grupo Schahin com a Petrobras, com a Sete Brasil e com a UTC, além de questionar o empresário se conhecia Renato Duque e Pedro Barusco, que atuaram na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e o empresário José Carlos Bumlai, todos presos na Lava Jato. Ele também quis saber se o banco foi beneficiado por financiamentos do BNDES. Carlos Eduardo se limitou a responder a todos os questionamentos da mesma forma: “por orientação dos meus advogados, permanecerei em silêncio.

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O caso

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo, no último final de semana, revelou que André e outros oito políticos são investigados pela Procuradoria-Geral da República por, supostamente, terem atuado a mando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), para intimidar testemunhas. O procurador Rodrigo Janot diz que os dirigentes do banco foram “humilhados” pelos deputados. "Entre os parlamentares mais agressivos estavam André Moura e Altineu", escreveu Janot na petição enviada ao Supremo Tribunal Federal.

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Em nota, André nega as acusações. Segundo ele, não há “motivo plausível” para o pedido de investigação. “Na condição de sub-relator da CPI da Petrobras e de representante do povo sergipano na Câmara dos Deputados, trata-se de prerrogativa funcional do parlamentar questionar interrogados e buscar esclarecer supostos malfeitos praticados contra o serviço público, não importando o tom ou a contundência da sua oratória, sobretudo quando havia um claro desrespeito ao Parlamento, porquanto estavam aqueles depoentes protegidos por alvarás jurídicos e negaram-se a responder às inquirições feitas por todos os parlamentares ligados à Comissão”, afirma.

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