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Acusado de fazer parte de quadrilha chefiada por ex-deputado será julgado

Suspeito de integrar um grupo comandado pelo ex-deputado Luiz Pedro, só agora, doze anos depois, é que Rogério de Menezes Vasconcelos será julgado pela participação no desaparecimento e morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos; o Ministério Público diz que o acusado é um dos autores intelectuais do crime, porque exercia influência junto ao grupo de Luiz Pedro e seria o responsável por escolher os vigilantes que trabalhavam nos conjuntos residenciais do ex-parlamentar

Suspeito de integrar um grupo comandado pelo ex-deputado Luiz Pedro, só agora, doze anos depois, é que Rogério de Menezes Vasconcelos será julgado pela participação no desaparecimento e morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos; o Ministério Público diz que o acusado é um dos autores intelectuais do crime, porque exercia influência junto ao grupo de Luiz Pedro e seria o responsável por escolher os vigilantes que trabalhavam nos conjuntos residenciais do ex-parlamentar (Foto: Voney Malta)
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Alagoas 247 - Doze anos após o desaparecimento e morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, senta no banco dos réus nesta quarta-feira (20) Rogério de Menezes Vasconcelos. Ele é acusado de participação no crime e, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), será julgado por homicídio qualificado, sequestro e formação de quadrilha ou bando.

Rogério Vasconcelos seria integrante de um grupo comandado pelo ex-deputado Luiz Pedro. O julgamento acontece no Fórum do Barro Duro, em Maceió, e é conduzido pelo juiz John Silas da Silva, no salão do 2º Tribunal do Júri.

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Durante depoimento, Rogério negou participação no crime e que na noite do ocorrido estava em casa dormindo e que o condomínio onde morava não pertencia ao ex-deputado Luiz Pedro, e que eram lotes onde algumas pessoas compraram e que teria mandado instalar água no local, mas não tinha nada a ver com o local onde a vítima morava e que não fez nenhuma cobrança relativa a isso. 

Rogério negou que tivesse brigado com a vítima em um bar como foi relatado e que não há testemunhas sobre este faro. Ele negou conhecer o Luiz Pedro e que disse que trabalhou apenas com uma candidata a vereadora, que era apoiada pelo ex-deputado nas eleições de 2004 e, por isso, conhecia o Laércio e o Valter Paulo por conta das reuniões sobre a candidatura dela, mas não conhecia os outros acusados.

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"Nunca tive nenhum problema com o Carlos Roberto e não sei porque estou sendo acusado. Acredito que a mesma pessoa que matou a minha mãe, matou o filho do 'Seu Sebastião', que foi o pessoal do Luiz pedro. Estou sendo acusado e ameaçado para que eles tirem a culpa do patrão deles", disse. Rogério relatou que após o ocorrido ele passou a ser ameaçado e que a mãe dele foi assassinada pouco tempo depois do homicídio.

Para a promotoria, o acusado é um dos autores intelectuais do crime, porque exerceria influência junto ao grupo de Luiz Pedro e seria o responsável por escolher os vigilantes que trabalhavam nos conjuntos do ex-deputado.

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"Nossa tese é a de que o Rogério era parte integrante de uma associação criminosa comandada por Luiz Pedro. Ele tinha influencia no grupo e o poder de intermediar as ordens do Luiz Pedro. Esse grupo era como uma espécie de milícia, com tarefas bem limitadas", explica o promotor Carlos Davi, responsável pela acusação.

Já a defesa de Rogério Vasconcelos, que é feita pelo advogado Raimundo Palmeira, diz que o acusado era presidente de uma associação local, mas que não trabalhava para Luiz Pedro. Um dos indícios seria o fato de que a mãe de Rogério teria sido assassinada por esse mesmo grupo. Ela foi fuzilada dentro de casa.

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Palmeira diz que uma condenação hoje seria o equivalente a uma sentença de morte para o réu. "Não há elementos conclusivos sobre a participação dele. O que pesa contra é apenas a ausência, que aconteceu não porque ele fugiu, mas porque estava se sentindo ameaçado. Se os jurados condenarem ele hoje, ele será assassinado no presídio".

O pai da vitima, Sebastião Pereira, disse que espera que seja feita justiça."São 12 anos de tortura. Sou um homem morto. Tenho dificuldade até de andar, mas estou sempre batendo na porta das autoridades atrás de justiça. Mas quero uma justiça verdadeira e não como acontece com o Luiz Pedro, que pegou 26 anos e cinco meses e saiu pela porta da frente. Hoje está solto. Enquanto isso eu estou preso na minha própria casa".

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Com gazetaweb.com

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