Aécio: Porto de Mariel não trará “qualquer benefício”
Senador contesta argumento de que, com a reaproximação histórica de Estados Unidos e Cuba, o Porto de Mariel, que fica próximo a Havana e foi financiado pelo BNDES, passa a ser estratégico comercialmente para o Brasil; segundo ele, discurso da presidente Dilma Rousseff nesse contexto é uma "piada"; "O porto de Mariel será benéfico a Cuba e será administrado por uma empresa de Cingapura sem que traga qualquer benefício ao Brasil", disse Aécio Neves (PSDB-MG); "O benefício ao Brasil ocorreria se os portos nos quais os investimentos do BNDES foram feitos fossem portos brasileiros. Não se justifica", completou
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) contesta o argumento do governo de que, com o reatamento da relação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, o Porto de Mariel, construído pela Odebrecht e financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), passe a ter importância econômica e estratégica para o Brasil.
"O porto de Mariel foi construído com recursos financeiros [do Brasil] e será benéfico a Cuba e será administrado por uma empresa de Cingapura sem que traga qualquer benefício ao Brasil", rebateu Aécio. Ele classificou como "piada" o discurso da presidente Dilma Rousseff sobre as possibilidades econômicas que o Brasil pode aproveitar com o momento histórico.
Para o tucano, o porto só beneficiaria o país se fosse administrado por empresa brasileira. "O benefício ao Brasil ocorreria se os portos nos quais os investimentos do BNDES foram feitos fossem portos brasileiros. Não se justifica", completou.
O Porto de Mariel, localizado próximo à capital cubana, Havana, resultou ao Brasil a abertura de 150 mil vagas de trabalho. Cerca de 400 empresas brasileiras estiveram ligadas à obra, fornecendo desde aço, guindastes e botinas e capacetes. Além disso, o BNDES pagou à indústria brasileira em reais e recebeu do governo cubano em dólar.
O Brasil é o segundo maior parceiro comercial de Cuba. À medida que a ilha socialista iniciar e ampliar negócios com os Estados Unidos, melhores condições econômicas as empresas brasileiras terão para instalar subsidiárias em Cuba e, dali, vender produtos para o mercado americano, analisam economistas brasileiros, como a diretoria da Fiesp, que representa a indústria paulista (leia aqui).
Leia também: Antes atacado, porto de Mariel vira estratégico
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: