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Aguimar acusa Caiado de oportunismo no caso Celg

Candidato a senador na chapa de Vanderlan Cardoso diz que adversário nada fez pela companhia energética de Goiás mesmo tendo seu partido (PFL-DEM) e seu novo aliado (PMDB) no comando do Ministério das Minas e Energia nos últimos 20 anos; Aguimar se refere à afirmação de Caiado de que recorrerá à Justiça contra a federalização da Celg. Em acordo celebrado em 2012, o governo de Goiás se comprometeu a repassar o controle acionário da companhia goiana à Eletrobras

aguimar (Foto: José Barbacena)
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Goiás247 - O candidato a senador da Coligação Participação Popular (a chapa de Vanderlan Cardoso), Aguimar Jesuíno (PSB-Rede), acusou nesta quarta-feira (6) o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) de usar a crise da Celg por "puro oportunismo eleitoral".

Segundo ele, o democrata, seu adversário da disputa senatorial, nada fez para salvar a companhia energética goiana mesmo com seu partido (PFL-DEM) e seu novíssimo aliado (o PMDB) dominarem o Ministério das Minas e Energia (MME) nos últimos 20 anos.

Aguimar se refere à afirmação de Caiado de que recorrerá à Justiça contra a federalização da Celg. Em acordo celebrado em 2012, o governo de Goiás se comprometeu a repassar o controle acionário da companhia goiana à Eletrobras. A estatal energética federal, inclusive, já assumiu a gestão da empresa com as indicações do presidente e do diretor Financeiro. O acerto final, porém, esbarra no preço a ser pago pelo lote de 51% das ações da companhia.  

Segundo Aguimar, o caso não pode ser politizado porque envolve um problema muito sério, que se arrasta há décadas, atinge a toda a sociedade e compromete o crescimento da economia goiana. "A população de Goiás e os empresários goianos querem um solução que seja capaz de resolver o problema energético do Estado. Não interessa se vai acontecer um dia antes das eleições. Tem de resolver", defende. E completa: "Até quando os políticos de Goiás vão continuar agindo por impulso, em véspera de eleições, travando e atrapalhando o desenvolvimento do Estado?"

Aguimar questiona veementemente a postura de Caiado em relação ao caso Celg: "Por que ele não fez isso (ameaça de judicialização) em 2012, quando foram pactuadas as condições do acordo com a Eletrobras? Por que não ajudou lá atrás a evitar a venda da Usina de Cachoeira Dourada, negociada à época em que seu partido (o então PFL) comandava o Ministério das Minas e Energia? Por que não ajuda agora, visto que seu novo aliado, o PMDB, dirige o ministério?"

Aguimar questiona ainda o silêncio de Caiado em relação às negociações entre Celg e Eletrobras durante o período em que o vice-governador José Eliton, à época seu aliado, presidiu a companhia.

Geração

Aguimar recorda que, em 1983, o então governador Iris Rezende (PMDB) devolveu ao governo federal a concessão da Usina de Corumbá, localizada em Caldas Novas, cujas obras haviam sido iniciadas no governo de Ary Valadão (PDS). Segundo ele, Iris não teve "postura de estadista" para continuar e terminar a obra do antecessor. Mais: lembra que no governo de Maguito Vilela (1996-1998), também do PMDB, a Usina de Cachoeira Dourada, que gerava quase toda energia elétrica comercializada pela Celg, foi vendida e Iris, à época Ministro da Justiça, se omitiu.

Segundo Aguimar, os recursos que seriam utilizados em Corumbá foram destinados à conclusão da terceira etapa de Cachoeira Dourada mesmo depois de estudos técnicos indicarem (e a realidade confirmar) que o lago da barragem não tinha vazão suficiente para a ampliação da usina. "O trágico nessa história é que o PMDB e seus líderes contam que a venda de Cachoeira Dourada ocorreu por pressão do governo federal, cujo Ministério das Minas e Energia foi cedido nas barganhas políticas ao PFL, ou seja, ao partido do deputado Caiado. Naquela oportunidade, o país quase todo foi vendido com o apoio irrestrito dele," acusa.

Responsabilidade

Para Aguimar, todos os governos, sem exceção, falharam em não adotar práticas de governança corporativa na gestão da companhia a fim de que ela pudesse ingressar no novo mercado e fazer frente aos desafios de uma administração voltada aos interesses dos acionistas e de sua clientela, "o povo goiano". "No governo Alcides (Rodrigues - 2006-2010), já no fundo do poço, entabulou-se uma negociação com o governo federal para salvar a Celg. Após as eleições, o governador atual (Marconi Perillo - PSDB), detonou o acordo, começando do zero outra negociação, em prejuízo dos goianos e do desenvolvimento de Goiás."

Segundo Aguimar, a disputa pelo preço da companhia entre Estado e Eletrobras pode ser resolvida com a adoção da figura da arbitragem, usual no mundo dos negócios, onde as partes comprometem-se a aceitar o resultado de uma terceira avaliação. "Mas não! Eles discutem, e o novo aliado do PMDB, o deputado Caiado, tenta tirar proveito eleitoral e pessoal da situação. Se pensasse no povo goiano, chamaria à união a bancada de Goiás no Congresso, todos os partidos, oposição e situação, para juntamente com o governador fazer uma boa e definitiva negociação para resolver de vez o problema da distribuição de energia em Goiás. Ameaçar com ação judicial é fácil, mas esquecer as mesquinharias políticas parece que não é."

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