Anvisa estuda autorizar farmácias a realizar exames laboratoriais
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública sobre a possibilidade de as farmácias oferecerem exames laboratoriais. Atualmente, a legislação permite que as farmácias façam apenas exames rápidos de glicemia, além dos exames de coronavírus
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247 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu consulta pública sobre a possibilidade de as farmácias oferecerem exames laboratoriais - elas já foram autorizadas a realizar testes rápidos para a coronavírus. As redes de laboratórios, no entanto, afirmaram que a novidade colocaria em xeque questões de capacitação, segurança e confiabilidade de resultados e tratamentos.
De acordo com o sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da USP e ex-diretor da Anvisa, "fazer testes rápidos pode ser um avanço, ampliar o acesso. Mas testes de interpretação complexa devem ser bem pensados e regulamentados, para proteção dos pacientes". Os relatos foram publicados pelo jornal O Globo.
"Seria um desastre caso abrisse caminho para se colocar um consultório dentro da farmácia. É assim nos Estados Unidos, que é um não modelo. Lugar que vende remédio não pode prescrever remédio", acrescentou.
Atualmente, a legislação permite que as farmácias façam apenas exames rápidos de glicemia, além dos exames de coronavírus, medida adotada após a escassez de testes no começo da pandemia.
A ampliação poderia permitir que farmácias realizassem outros tipos de análises clínicas, da coleta ao resultado. "A maioria dos brasileiros não faz check-up. Essa é uma novidade que pode ampliar o acesso e mudar a cara da saúde brasileira", afirmou Sérgio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). "Imagine poder chegar em um lugar e com duas gotinhas de sangue medir glicemia, hemoglobina glicada, colesterol, PSA, HIV, sífilis".
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