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Após delação da JBS sobre Aécio, Firmino admite: “PSDB fica enfraquecido”

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, admite que o PSDB se enfraquece com as denúncias do envolvimento do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em mais um escândalo de corrupção em Brasília; "O PSDB fica enfraquecido, mas teve a agilidade de afastar Aécio e colocar Tasso Jereissati na presidência do partido, que é um político experimentado e tem uma visão muito clara do partido e do país e que vai ter condições de liderar o PSDB neste momento", avaliou; sobre Temer, o tucano avalia que o peemedebista está "debilitado"

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, admite que o PSDB se enfraquece com as denúncias do envolvimento do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em mais um escândalo de corrupção em Brasília; "O PSDB fica enfraquecido, mas teve a agilidade de afastar Aécio e colocar Tasso Jereissati na presidência do partido, que é um político experimentado e tem uma visão muito clara do partido e do país e que vai ter condições de liderar o PSDB neste momento", avaliou; sobre Temer, o tucano avalia que o peemedebista está "debilitado" (Foto: Leonardo Lucena)
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247, com Piauí Hoje - O prefeito de Teresina, Firmino Filho, admite que o PSDB se enfraquece com as denúncias do envolvimento do senador Aécio Neves em mais um escândalo de corrupção em Brasília, o que para ele é motivo de muita tristeza. No entanto, Firmino Filho defende que todos tenham direito à ampla defesa, ao contraditório.

"É uma tristeza muito grande ter um dos líderes do PSDB envolvido nessa crise e nas delações. Mas é fundamental dar a ele todo o direito para que ele possa responder e mostrar sua versão, argumentando e colocando sua verdade. O PSDB fica enfraquecido, mas teve a agilidade de afastar Aécio e colocar Tasso Jereissati na presidência do partido, que é um político experimentado e tem uma visão muito clara do partido e do país e que vai ter condições de liderar o PSDB neste momento", avaliou o prefeito, em uma das suas primeiras manifestações públicas sobre a delação dos sócios do Grupo JBS.

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O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, para supostamente pagar advogados, segundo Lauro Jardim. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.

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O senador também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (veja aqui).

Janot confirma ação contra a Lava Jato

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

No diálogo que teve com o empresário Joesley Batista, da JBS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sugeriu escolher os delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato. A conversa foi divulgada pelo BuzzFeed Brasil.

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Ele também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho". Na conversa, Aécio aparentemente fica nervoso porque Serraglio não teria informações internas da Polícia Federal e, consequentemente, sobre a Lava Jato. Confira o trecho:

Ministro da Justiça é "um bosta de um caralho", diz Aécio.

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Joesley — Esse é bom?

Aécio — Tá na cadeira (...). O ministro é um bosta de um caralho, que não dá um alô, peba, está passando mal de saúde pede pra sair. Michel tá doido. Veio só eu e ele ontem de São Paulo, mandou um cara lá no Osmar Serraglio, porque ele errou de novo de nomear essa porra desse (...). Porque aí mexia na PF. O que que vai acontecer agora? Vai vim um inquérito de uma porrada de gente, caralho, eles são tão bunda mole que eles não (têm) o cara que vai distribuir os inquéritos para o delegado. Você tem lá cem, sei lá, 2.000 delegados da Polícia Federal. Você tem que escolher dez caras, né?, do Moreira, que interessa a ele vai pro João.

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Aécio também chama de "merda" o pacote das Dez Medidas Contra a Corrupção, proposta pelo Ministério Público ao Congresso e encabeçado pelo procurador Deltan Dallagnol.

No caso de Temer, a delação dos donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley. Os delatores afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.

Temer, através de sua assessoria, negou impedir o avanço da Lava Jato. Aécio, também por meio de sua assessoria, afirmou não existir qualquer ato dele, "como parlamentar ou presidente do PSDB, que possa ter colocado qualquer empecilho aos avanços da Operação Lava Jato". "Ao contrário, como presidente do partido, o senador foi um dos primeiros a hipotecar apoio à operação. Em todas as oportunidades em que ele se pronunciou publicamente apoiou o trabalho da Polícia Federal e, nas votações, defendeu medidas de combate à corrupção e o fim do foro privilegiado".

Outras bombas sobre Aécio

Outra declaração também cai como uma bomba para cima de Aécio. O empresário Joesley Batista, dono da JBS, disseca a personalidade do senador afastado Aécio Neves (PSDB), em depoimento de delação premiada ao Ministério Público Federal. Segundo Joesley, em 2016, ele chegou a pedir para um emissário de Aécio que 'pelo amor de Deus ele parasse de pedir dinheiro'. "Em 2016, um dia na casa dele ele me pediu 5 milhões e eu não dei. Logo depois começou (sic) as investigações contra mim e eu chamei aquele amigo dele, Flávio, e pedi pro Flávio para pedir a ele para, pelo amor de Deus, parar de me pedir dinheiro", disse.

Andrea Neves, irmã do senador afastado, foi presa por ter pedido dinheiro ao empresário da JBS, Joesley Batista – em nome do irmão.

Frederico de Medeiros, primo distante do tucano, foi preso por ter recebido o dinheiro em nome de Aécio, cerca de R$ 2 milhões. Fred fez três viagens entre São Paulo e Minas Gerais para buscar três dos quatro lotes de R$ 500 mil prometidos por Joesley.

Também foi preso assessor do senador Zezé Perrela (PMDB), Menderson Souza Lima, que também foi citado na delação de Batista. Segundo a PF, o dinheiro pedido por Aécio foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). De acordo com a delação da JBS, Lima foi quem recebeu o dinheiro.

Michel Temer

Sobre Temer, Firmino disse "esperar que os órgãos possam continuar funcionando para que possam punir, quem tiver de ser punido. Agora, é certo que o presidente está extremamente debilitado com essa crise terrível", defende. Em delação, o diretor da JBS Ricardo Saud afirmou que Temer, durante a campanha de 2014, embolsou R$ 1 milhão de R$ 15 milhões em propina que o PT havia mandado a empresa dar para o então vice-presidente, conforme o o BuzzFeed Brasil.

 

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