Araguaia ganha reforço contra crimes ambientais
Em plena temporada de férias, equipes da Semarh aumenta fiscalização Parque Estadual do Araguaia; 16 servidores monitoram ação de pescadores, coíbem a caça e outros crimes ambientais dentro da área de preservação controlada pelo Estado. Em uma semana de atividades, mais de 150 quilos de peixe foram apreendidos dentro da unidade
Goiás 247_ Equipes da Superintendência de Áreas Protegidas da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semarh) reforçam a presença no Parque Estadual do Araguaia neste período de férias. Ao todo, 16 servidores fiscalizam a ação de pescadores, coíbem a caça e outros crimes ambientais dentro da área de preservação controlada pelo Estado. Em uma semana de atividades, mais de 150 quilos de peixe foram apreendidos dentro da unidade.
Entre as atividades das equipes, estão: monitorar e fiscalizar as áreas da unidade e na sua zona de amortecimento; combater as ações de pesca predatória, bem como orientar o pescador quanto as cotas e o repeito ao tamanho mínimo de pescado; combater a caça; combater a exploração florestal por parte dos turistas e ribeirinhos; coibir queimadas sem autorização do órgão ambiental competente; orientar o turista quanto aos limites das Unidades de Conservação (Parque e Floresta Estadual do Araguaia); orientar o turista quanto as atividades permitidas e proibidas no interior das Unidades de Conservação (Parque e Floresta Estadual do Araguaia), além de apoiar o programa de educação ambiental.
Localizado às margens do rio Araguaia, no extremo Noroeste do Estado de Goiás, no Município de São Miguel do Araguaia, está o povoado de Luís Alves do Araguaia. Inserido nesta região está o Parque Estadual do Araguaia (PEA), unidade de conservação de proteção integral criada por meio do Decreto nº 5.631, de 02 de agosto de 2002. Esta UC integra áreas adjacentes já protegidas por lei como a Floresta Estadual do Araguaia, o Parque Nacional do Araguaia (Ilha do Bananal) e a APA Meandros do rio Araguaia.
As áreas que integram o PEA foram adquiridas como compensação ambiental do projeto de irrigação de Luis Alves do Araguaia e boa parte da área da unidade de conservação foi expropriada e paga.
O rio
A bacia do rio Araguaia é um dos sistemas fluviais mais importantes da América do Sul. Ela é a quarta em tamanho na América do Sul, com aproximadamente 900.000 km². Sua área de drenagem inclui duas das mais espetaculares e ameaçadas regiões fitogeográficas que concentram boa parte da biodiversidade do planeta: o Cerrado e Floresta Amazônica.
O rio Araguaia está no limite oeste dos estados de Goiás e Tocantins, apresentando extensão total de 2.260 km, sendo aproximadamente 2.000 km de praias.
Representando um dos maiores polos turísticos goianos e um potencial fornecedor de produtos pesqueiros para todo o Centro-Oeste, o rio Araguaia tem enfrentado, nos últimos anos, um acelerado processo de deterioração ambiental, notado pela redução da ictiofauna e da fauna silvestre local, pelos depósitos de lixo nas praias e cidades, pelo acentuado processo erosivo de suas margens e nascentes, provocando o assoreamento de vários trechos do rio e o desaparecimento de suas fontes hídricas.
De acordo com estudos do IBGE, um diagnóstico da bacia do Araguaia feito em uma amostra de 10% do total desta bacia - na qual estão incluídos 56 municípios goianos -, somente 29% de vegetação nativa ainda sobrevive. E, do total, 80.000 km² apresentam desmatamento acima de 80%.
A pesca predatória e a caça têm participado como uma das principais causas da redução dos estoques faunísticos. A captura de exemplares de peixes com tamanho inferior ao permitido por lei ou ameaçados de extinção colabora para a eliminação de um estoque jovem, em fase pré-reprodutiva e que representaria, no futuro, um elevado potencial de matrizes e reprodutores.
O uso de instrumentos predatórios (redes, tarrafas, cambuís, pindas, etc.) elimina também boa parte de outras espécies, comprometendo, desta forma o equilíbrio ecológico e afetando as atividades produtivas humanas.
Sem a manutenção de uma reserva de vegetação primitiva, seja ela referente às matas ciliares, às nascentes ou às reservas legais, as populações animais serão afetadas pela falta de habitat, alimento e proteção.
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