Arcadis diz cooperar com PF em investigação sobre transposição
Companhia de engenharia holandesa Arcadis disse estar colaborando com a Polícia Federal na investigação sobre superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco; companhia atua no projeto em uma joint venture com a brasileira Concremat; agentes federais realiazram buscas nos escritórios da Arcadis no Brasil e na casa de um dos diretores; na sexta-feira (11), a PF prendeu quatro pessoas na sexta-feira como parte da investigação que apura desvios de R$ 200 milhões; um dos presos foi o presidente da empreiteira OAS, Elmar Varjão
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Reuters - A companhia de engenharia holandesa Arcadis informou nesta segunda-feira que está fornecendo informações à Polícia Federal na investigação sobre suspeita de superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco.
A Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na sexta-feira, que investiga um esquema que teria desviado 200 milhões de reais.
"Também não temos certeza sobre isso", disse o porta-voz da empresa Joost Slooten. A companhia atua no projeto em uma joint venture com a brasileira Concremat.
A PF prendeu quatro pessoas na sexta-feira como parte da investigação, afirmando ter provas de que empresas que trabalham no projeto desviaram verbas para companhias fantasmas. Um dos presos foi o presidente da empreiteira OAS, Elmar Varjão. [nL1N14029W]
Slooten disse que nenhum funcionário da Arcadis foi detido. A companhia informou em nota que agentes da PF foram aos escritórios da Arcadis no Brasil e na casa de um dos diretores. O porta-voz acrescentou que a polícia pediu e recebeu documentações.
Slooten disse ainda que a companhia vai continuar cooperando com as autoridades brasileiras, e abriu uma investigação interna sobre a situação.
Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de 680 milhões de reais, segundo a PF.
Executivos envolvidos no esquema de corrupção fariam parte de um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia, e usavam companhias de fachada em nome do doleiro Alberto Youssef, já condenado pela operação Lava Jato.
(Reportagem de Toby Sterling)
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