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Atleta russa nega apologia gay em pódio

Kseniya Ryzhova negou que o "selinho" dado em uma colega no pódio do Mundial de Atletismo em Moscou fosse um protesto contra a polêmica lei local que proíbe a apologia à homossexualidade; "Não havia motivação política oculta", disse a atleta

Gold medallists team Russia kiss and celebrate at the women's 4x400 metres relay victory ceremony during the IAAF World Athletics Championships at the Luzhniki stadium in Moscow August 17, 2013. From left: Yulia Gushchina, Kseniya Ryzhova, Tatyana Firova (Foto: Gisele Federicce)
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Por Alissa de Carbonnel

MOSCOU, 20 Ago (Reuters) - Uma atleta russa negou nesta terça-feira que o "selinho" dado em uma colega no pódio do Mundial de Atletismo em Moscou fosse um protesto contra a polêmica lei local que proíbe a apologia à homossexualidade.

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Kseniya Ryzhova lamentou que seu beijo em Yulia Gushchina tenha ofuscado a comemoração da vitória russa no revezamento 4x400m, no sábado.

"Não havia motivação política oculta", disse ela sobre o beijo, mostrado por TVs do mundo todo.

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"Em vez de cumprimentar as atletas, (os meios de comunicação) decidiram insultar não só Yulia, mas toda a federação de atletismo (da Rússia). Antes de mais nada, Yulia e eu somos casadas", disse ela, sob aplausos dos jornalistas russos.

Não é raro que amigas russas se cumprimentem com beijos nos lábios, mas o fato ganhou repercussão em um Mundial de Atletismo marcado por polêmica acerca da nova lei local que proíbe a apologia da homossexualidade para menores -- parte de uma ofensiva conservadora do governo de Vladimir Putin.

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A lei foi condenada no exterior, mas pesquisas mostram amplo apoio dos russos. Por causa da lei, grupos de defesa dos homossexuais propuseram um boicote à Olimpíada de Inverno a ser disputada em 2014 na cidade russa de Sochi.

Alguns atletas russos, no entanto, saíram em defesa das medidas. A saltadora Yelena Isinbayeva, que conquistou o título mundial, chegou a dizer que os russos são "normais" por rejeitarem a homossexualidade. Diante da repercussão negativa, ela disse que foi mal-interpretada.

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Isinbayeva disse também que duas competidoras suecas que pintaram as unhas com as cores do arco-íris, em apoio ao movimento LGBT, haviam sido desrespeitosas com seus anfitriões.

Ryzhova disse que a comemoração polêmica ocorreu em um momento de euforia, após a apertada vitória contra os EUA na final de sábado.

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"Fazia oito anos que não ganhávamos a medalha de ouro. Não dá nem para imaginar como foi... quando percebemos que havíamos vencido", afirmou. "Foi uma onda de sentimentos incríveis, e de alguma forma, completamente por acaso, enquanto nos cumprimentávamos nossos lábios se tocaram... Quem fantasia a respeito disso é doente."

Gushchina e Ryzhova não quiseram comentar a lei, alegando que os preparativos para o Mundial não deixaram tempo para pensar a respeito. "Não ouvi falar nem li a respeito por causa do Mundial", disse Gushchina a jornalistas.

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Críticos de Putin dizem que a lei é parte de uma série de medidas repressivas adotadas no primeiro ano do seu terceiro mandato presidencial, com a intenção de sufocar qualquer dissidência. O presidente nega ser repressivo, e diz que a Rússia precisa de ordem e disciplina.

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