Atrasos em obra de Alckmin já custam R$ 235 mi
Os sucessivos atrasos na obra de construção do Rodoanel Norte em São Paulo, cuja entrega havia sido prometida para fevereiro do ano passado, já resultaram no aumento de R$ 234,9 milhões no custo total da obra; Promotoria investiga ainda suposta máfia suspeita de superfaturar valor de imóveis desapropriados para a obra
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SP 247 - Os sucessivos atrasos na obra de construção do Rodoanel Norte em São Paulo, cuja entrega havia sido prometida para fevereiro do ano passado, já resultaram no aumento de R$ 234,9 milhões no custo total da obra. Com pouco mais da metade (55%) construído hoje, o último trecho do anel viário metropolitano só deve ser entregue em março de 2018.
As informações são de reportagem de Bruno Ribeiro no Estado de S.Paulo.
"Responsável pela construção dos 47,6 km de estrada ligando os trechos sul e leste e o aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, a Dersa assinou no mês passado os últimos aditivos reajustando o valor de dois lotes da obra executados pela empresa espanhola Acciona Infraestructuras em R$ 77,2 milhões. Ambos são os mais atrasados por causa da demora nas desapropriações.
Em outubro do ano passado, a estatal controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) já havia assinado aditivos nos outros quatro lotes elevando os valores dos contratos em R$ 157,7 milhões. A construção foi dividida em seis lotes que incluem as empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Construcap. Segundo a Dersa, o aumento total de R$ 235 milhões representa 5,46% do valor original dos contratos, que somam cerca de R$ 4 bilhões.
(...)
De acordo com a Dersa, cerca de 95% das desapropriações de imóveis feitas para a construção do Rodoanel Norte correram pela via judicial, o que fez com que a evolução da obra ficasse sujeita ao andamento dos processos na Justiça. Em Guarulhos, cidade que concentra a maior extensão da obra, o Ministério Público Estadual (MPE) investiga a existência de uma máfia que envolveria advogados, peritos e juízes, suspeita de superfaturar em mais de 100% o valor dos imóveis. Os desvios podem chegar a R$ 1,3 bilhão, segundo a Promotoria."
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