Atuação de senador evita “explosão do vulcão” de Palmeira dos Índios
Uma negociação só pode prosperar se inexistir vencedores e vencidos, pois é uma questão que só pode ser resolvida com o estabelecimento do diálogo
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Usando uma figura de linguagem, a questão da demarcação de terras indígenas em Palmeira dos Índios estava quente como a larva vulcânica. Pequenos conflitos foram registrados, como se fossem pequenas erupções.
Nos últimos anos, e principalmente nas últimas semanas, o clima de animosidade só aumentou. Não estava distante a possibilidade de confronto armado. De um lado produtores rurais que há décadas e gerações tomaram conta das terras. Do outro, os verdadeiros donos, os descendentes indígenas, que ganharam na justiça o direito à demarcação.
Há que ser reconhecido, entretanto, que a atuação política e pacificadora do senador Fernando Collor (PTB-AL), em Brasília, reduziu a temperatura que estava a ponto de explodir, a tal ponto que, não seria surpresa, poderia se transformar num banho de sangue.
Ao chamar para participar da questão o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que virá a Alagoas, Collor evita uma ruptura, traz o Governo Federal para participar da questão, e abre uma janela para a possibilidade de entendimento, de uma solução que não seja totalmente negativa para um dos lados.
E é essa a consciência que produtores e a comunidade indígena devem ter: Uma negociação só pode prosperar se inexistir vencedores e vencidos, pois é uma questão que só pode ser resolvida com o estabelecimento do diálogo. Caso não ocorra e caso haja um vencedor, o vulcão pode explodir definitivamente.
Aí, só teremos lamentações. E perdedores.
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