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Bolsa dispara, lidera e tem fôlego para voos mais altos

Com alta de 11,13% no Ibovespa, investimento em aes foi o melhor do ms de janeiro, e especialistas acreditam em pico de valorizao acima dos 70 mil pontos ainda este ano. hora de comprar?

Bolsa dispara, lidera e tem fôlego para voos mais altos (Foto: Shutterstock)
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Luciane Macedo _247 - A Bolsa de Valores entrou em 2012 a todo vapor. O Ibovespa fechou em alta de 11,13% em janeiro, colocando o investimento em ações como o melhor do mês. O Índice de Renda Fixa do Mercado teve valorização de 1,32% em janeiro, segundo a Anbima, e o CDB (pré, 30 dias) registrou rentabilidade de 0,86% no primeiro dia útil do mês. Na ponta oposta do rendimento dos ativos, o dólar fechou em baixa de 7,29%. Apesar do ciclo ascendente do Ibovespa, muitos investidores ainda se lembram do amargor deixado pelo ano passado, quando o principal índice da Bolsa brasileira acumulou baixa superior a 18%. A alta deste janeiro surpreendeu pela velocidade e pela constante, e analistas avaliam que o melhor ainda está por vir: a Bolsa está longe de seu pico de valorização e ainda tem muito fôlego para alçar voos mais altos. A expectativa é de que o Ibovespa alcance os 70 mil pontos ainda este ano, e um levantamento do Bespoke Investment Group confirma a projeção otimista. Em comparação realizada pelo grupo entre as vinte mais importantes Bolsas do mundo, a brasileira é a que tem uma das maiores tendências de alta.

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O próximo teste será romper a barreira dos 65 mil pontos, mas não sem alguns períodos de ajuste. Entre a cautela motivada principalmente (e ainda) pelo cenário europeu e as perspectivas otimistas do presente, muitos investidores se perguntam se é hora de ir às compras. A decisão, e o melhor timing, vai depender das crenças do investidor e de sua própria estratégia, se mais ou menos agressiva e se baseada nos fundamentos das empresas, na análise técnica do que mostram os gráficos ou ambos. De todo modo, considerando o potencial de valorização da Bolsa, analistas recomendam que o investidor fique de olho nos períodos de ajuste e não perca a Europa de vista.

"Vários fatores vão preponderar ao longo de 2012, mas a Europa segue como o principal foco de atenção", diz Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe de investimentos da corretora Coinvalores. "Nos Estados Unidos, se as notícias não são animadoras, também não são desoladoras. A economia dá sinais de recuperação e a sensação de que o pior já passou é muito clara", avalia. "Na China, o combate à inflação parece eficaz. Eles não vão crescer tanto, mas o medo de uma inflação muito forte não é foco de preocupação", continua o analista. "O maior risco está concentrado na Europa. O mercado está começando a comprar a ideia de que o remédio vai ser doloroso, mas não o pior. O risco de default é cada vez menor".

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No contexto nacional, o analista da Coinvalores aponta a redução da taxa de juros e a flexibilização da política fiscal como fatores que impactam positivamente a Bolsa. "Eles soam como música para o mercado de ações", comenta. "O baixo desemprego e a renda em expansão também impulsionam o mercado. As empresas investem mais e a lucratividade aumenta. Tudo isso é bom para a Bolsa".

Na expectativa do analista-chefe da Coinvalores, haverá uma migração gradual dos investidores da renda fixa para a variável ao longo de 2012. "O volume de negócios também vai melhorar, teremos mais abertura de capital esse ano", diz. Segundo Barbosa, com o Ibovespa ainda longe do pico de valorização, que ele projeta para 70 mil pontos até o final do ano, e "em uma hipótese conservadora", há chances de bons negócios para quem quiser começar a fazer uma compra gradual de ações.

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"O perfil da carteira deve ser blue chips e, a partir daí, buscar oportunidades", recomenda. "O mercado oferece muitas fora do Ibovespa", assinala. "Estamos adotando uma redução na proteção defensiva da carteira, com papéis de energia, saneamento e telecom, e aumentando as ações de consumo doméstico, não só no varejo". Para quem tem um perfil mais arrojado, as small caps também podem ser uma boa fonte de oportunidades, assinala Barbosa. "O risco é um pouco maior, mas o potencial de valorização também".

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Para Osney José Cola, diretor-executivo da Equipe Trader, os adeptos da análise gráfica estão aguardando o rompimento da próxima barreira, a dos 65 mil pontos, para ir às compras. "Quando há o rompimento de uma resistência, o mercado ganha força. Quem aguardava um sinal do mercado para comprar, já teve quando a barreira dos 60 mil pontos foi rompida, sinalizando que a força compradora era mais forte", explica. "Quem comprou acreditava que a Bolsa subiria ainda mais e já está realizando um lucro de 10% na maioria dos papéis", assinala. "A Bolsa está chegando perto de romper uma nova barreira, então não é o momento mais adequado de compra para os grafistas", comenta o analista técnico. "E acreditamos que deve haver uma correção, em torno dos 62 mil pontos, antes de um novo ciclo consistente de altas", completa Cola.

"Acertar o timing das altas é sempre um exercício difícil porque depende do fluxo de capital do investidor com a melhora de economia americana e o soft landing da China", pondera André Paes, diretor de Estratégias e Produtos e gestor de Renda Variável da Infinity Asset Management. "Essa alta se deve ao investidor estrangeiro, que está comprando. Não só aqui, mas também nos Estados Unidos. Havia muito dinheiro represado. A Bolsa brasileira subiu muito porque tem menos a ver com a crise europeia, temos uma economia sólida e fomos um dos países que mais sofreu com a Bolsa no ano passado".

Para Paes, a alta se sustenta, "se nada ocorrer de agravante no cenário externo". O diretor da Infinity Asset avalia que o cenário de alta de janeiro, que se seguiu ao péssimo ano de 2011, e as projeções otimistas para 2012 repetem o que aconteceu na Bolsa em 2008 e 2009. "O Brasil sempre potencializa os movimentos de alta e baixa", comenta. "A Bolsa está 12% mais barata que o máximo a que chegou em 2008, ou seja, ainda tem muito espaço para subir". Segundo Paes, é um bom momento para uma compra gradual de ações. "Os fundos de ações também são uma boa opção a avaliar para investimentos de médio e longo prazo", indica.

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