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Campos cria as condições para Lula voltar em 2014

Governador de Pernambuco e presidente do PSB reivindica, politicamente, o lugar de vice na futura chapa do PT à Presidência da República; recado foi dado pelo correligionário Wilson Martins, governador do Piauí; sair ao lado de Lula é bem mais natural do que concorrer com Dilma, comprometida com o PMDB de Michel Temer; se não for atendido, Dudu, como o chamam os amigos, pode formar aliança até com adversários

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247 – As cartas do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, estão na mesa – e elas montam um jogo que interessa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela palavra do governador do Piauí, Wilson Martins, que também pertence ao PSB, está claro que Campos deseja um lugar como vice na chapa que será apresentada pelo PT e 2014. "Ou Eduardo será vice, ou será candidato", afirmou Martins. A hipótese mais desejada pelos socialistas é a primeira.

Esta semana, informação não refutada pela Palácio do Planalto deu conta de que a presidente Dilma Rousseff já se comprometeu com o vice-presidente Michel Temer a formar, em 2014, a mesma parceria de 2010 para concorrer à reeleição. Essa garantia pode tornar mais amenas as futuras relações de Dilma com os prováveis novos presidentes da Câmara e do Senado, favoritos Henrique Alves e Renan Calheiros, ambos do PMDB. Em compensação, tem tudo para dificultar seu trânsito em outras agremiações, a começar do PSB.

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Para Lula, por outro lado, a posição de Campos de querer ser vice, prioritariamente, só ajuda. Além de ter ótimas relações pessoais com o governador, Lula tiraria, no caso de ter Campos em sua chapa, um parceiro em potencial do PSDB. O presidente do PSB e o senador Aécio Neves, presidenciável tucano, conversam rotineiramente. Uma chapa que una os dois já faz parte das contas políticas das maiores raposas políticas do País. A julgar pelo recado dado pelo governador Martins, vocalizando a vontade de Campos, o que entraria nas avaliações, a partir de agora, seria uma chapa Campos-Aécio, e não Aécio-Campos. Ou seja, com o governador de Pernambuco como candidato a presidente.

Evitar esse cenário, que poderia colocar em risco uma eleição na qual, hoje, o PT é favorito, pode ser uma missão que recaia sobre Lula. Ele seria chamado de volta por seu partido para concorrer com um vice que, acredita-se, tem penetração popular no Nordeste e, além disso, comanda uma estrutura partidária de presença nacional. Um cenário em tudo favorável para a chapa Lula-Campos. Nesse caso, a presidente Dilma teria de acatar os desígnios do partido, controlado desde sempre por Lula, e abrir mão de tentar a reeleição. As ambições do PMDB seriam aplacadas, então, pela habilidade política do próprio Lula, que dialoga com facilidade com todos os chefes do partido, a começar pelo ex-presidente José Sarney.

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A sucessão de 2014, efetivamente, começou em janeiro de 2013.

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