Caso PC; Médico-legista acredita em duplo homicídio
O médico-legista Daniel Muñoz participou da segunda perícia referente às mortes de PC Farias e Suzana Marcolino. Assim como o perito criminal Domingos Tochetto, Muñoz defende que houve duplo homicídio. Ele explicou que concorda com alguns pontos contidos no primeiro laudo, mas acredita que existem discordâncias que o levaram a crer que o crime não se trata de um homicídio seguido de suicídio.
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Alagoas247 - Um ponto questionado pelo médico legista em relação ao primeiro laudo diz respeito à distância que a arma estaria do corpo de Suzana. Segundo ele, o tiro de suicídio é feito com a arma encostada ao corpo, o que não teria sido constatado por ele. Muñoz afirma que o tiro foi disparado a 3 centímetros do corpo de Suzana Marcolino.
“Os primeiros peritos levantaram a hipótese de que a arma estaria encostada, só que quando a arma está encostada, não se forma o esfumaçamento que encontramos no tórax de Suzana”, disse.
Daniel Muñoz disse também ter estranhado o fato de não haver impressões digitais de Suzana na arma do crime. Como trata-se de um revólver com o cabo liso, ele afirmou que seria como colocar as mãos no espelho, onde as digitais ficam, obrigatoriamente, gravadas. “Com arma do crime, é muito difícil manusear essa arma sem deixar impressões digitais”, explicou.
De acordo com o médico-legista, foram feitos testes para verificar o fato de não terem sido encontrados vestígios de sangue na arma, o que seria impossível caso o crime se tratasse de suicídio. “Devia ter sangue na arma. Os testes mostraram isso. Isso é uma prova cabal que comprova o homicídio de Suzana”, falou.
Durante os esclarecimentos, o médico legista contou que a primeira perícia constatou que havia maior concentração de resíduos na região palmar das mãos de Suzana, o que, segundo ele, caso tivesse ocorrido suicídio, isso não aconteceria.
“Quando nós seguramos a arma percebemos que a prega entre o polegar e o indicador tampa a região palmar e o resíduo jamais vai conseguir atingi-la. Nesse caso, não há como a Suzana atirar contra o próprio tórax e ter maior concentração de resíduos na região palmar. Só tem uma saída: ela estava com as mãos ao lado da arma, e isso é uma atitude de defesa”, falou.
O médico-legista afirmou que foi feita uma reconstituição do crime para verificar se a posição de Suzana, no momento do tiro, apontada pelos primeiros peritos, estaria correta e ficou constatado que a namorada de PC Farias estava se movimentando na hora em que foi atingida pelo disparo, e não sentada na cama, como consta no primeiro laudo.
“Não havia como, se ela estivesse sentada na cama, ser compatível o trajeto com a trajetória. A nossa conclusão é que isto é outro forte indício de homicídio. Ninguém se suicida levantando da cama”, ressaltou Daniel Muñoz.
Com gazetaweb.com
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