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“Chefes são peritos em humilhar”: funcionários de Valdemiro Santiago, em greve, denunciam exploração e calote em salários

40% dos funcionários aderiram à greve dentro da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago. Empresário tem fortuna estimada em R$ 450 milhões

(Foto: Reprodução)
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247 - Os grevistas prometeram em ata que não iam usar carro de som na porta do templo para não atrapalhar os cultos. Por seu lado, o patrão disse, durante um sermão, que os trabalhadores em greve têm "a alma no fogo do inferno". A histórica paralisação dentro da Igreja Mundial do Poder de Deus, denominação liderada por Valdemiro Santiago, tem uma negociação bem peculiar. A reportagem é do portal UOL. 

"Eles ficam falando de teologia da prosperidade, mas não são capazes de pagar em dia seus funcionários. A gente passa vergonha com impostos atrasados e sem vale-refeição para comer", reclama a atendente Vera Lúcia Nazário, que foi obreira voluntária por três anos antes de virar atendente com carteira assinada. Há oito anos ela trabalha na central de carnês e boletos para quem paga dízimos e doações. Ela está no grupo de grevistas mobilizados na entrada da sede central no Brás, centro de São Paulo.

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Segundo sindicalistas, incluindo os do Seibref (Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de São Paulo), esta é a primeira vez que há uma paralisação de funcionários diretamente da estrutura de uma igreja no Estado de São Paulo — não há notícia sobre paralisação similar no país. Além da área administrativa, parte do pessoal da TV Mundial também está parado.

Pelo menos 40% dos mais de mil trabalhadores da instituição aderiram ao movimento desde o último dia 9 até nesta sexta-feira (19), data em que a Igreja Mundial se comprometeu a pagar todos os salários e benefícios atrasados. Depois, os trabalhadores permanecem em "estado de greve", esperando que a empresa cumpra até janeiro com as cotas que faltam do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) junto à Caixa Econômica Federal.

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Adriana Firmino, três anos de obreira e sete como funcionária, faz um relato de abusos: Os chefes aqui são peritos em humilhar. Eles mexem com o psicológico das pessoas. Quando é para cobrar e punir, aqui é uma empresa. Quando o trabalhador tem razão, é uma igreja, e se queixar é coisa do diabo."

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