Com imagem abalada por corrupção, Aécio pode disputar vaga na Câmara
Com a imagem abalada pela Lava Jato e outros escândalos de corrupção, Aécio Neves (PSDB-MG) pode desistir de tentar a reeleição no Senado e partir para a disputa de uma vaga na Câmara dos Deputados; Aécio ainda não jogou a toalha em relação à reeleição ao Senado, embora alguns de seus principais aliados reconheçam que a disputa por uma das 513 vagas na Câmara seja seu caminho mais provável
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247 - A pouco menos de um ano para a eleição de 2018, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) enfrenta seu pior momento político. O sonho de disputar a Presidência da República foi enterrado, mas ele ainda não jogou a toalha em relação à reeleição ao Senado, embora alguns de seus principais aliados reconheçam que a disputa por uma das 513 vagas na Câmara seja seu caminho mais provável.
Um ano atrás, era candidato incontestável à Presidência, com um recall de 48 milhões de votos da disputa com a presidente deposta Dilma Rousseff. Agora, Aécio sai de uma posição de líder de grupo político dominante em Minas — e em boa parte do país — para se dedicar à mais dura disputa de sua vida: fazer sua defesa sobre as denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF) e garantir um mandato, provavelmente de deputado federal.
Na quarta-feira passada, quando retornou ao Senado depois de 22 dias afastado por medidas cautelares impostas pela Primeira Turma do STF, foi recepcionado no gabinete por uma comissão de prefeitos do norte de Minas. Seus aliados mineiros dizem que, embora Aécio nacionalmente esteja numa situação muito ruim, a lógica da política local é diferente, mesmo porque o governador Fernando Pimentel (PT) e seu grupo político também enfrentem desgaste acumulado pelas dificuldades administrativas e pela crise fiscal do estado.
— Minas terá duas vagas para o Senado em 2018. Claro que o Aécio prefere ser candidato ao Senado, mas vai ter condições de disputar a reeleição? Ninguém sabe. Está esperando passar esses seis meses para ver se esse terremoto acalma. Mas também pode piorar. Hoje ele tem que se dedicar a se defender — diz um dos políticos mineiros de seu grupo político.
O PSDB e o grupo político do tucano ainda são a principal força de oposição ao também desgastado governador Fernando Pimentel, e há uma operação para convencer o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) a se candidatar ao governo e, assim, garantir um mandato para seu mentor político no Congresso.
As informações são de reportagem de Maria Lima na Folha de S.Paulo.
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