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Como decodificar uma mensagem simulada de extraterrestres? Use as mídias sociais

Fundado nos anos 1970, o projeto SETI busca unir esforços científicos e computacionais na busca por vida alienígena; nos anos 1980, o projeto ganhou uma vertente chamada Seti at home - qualquer pessoa no planeta podia ceder os recursos do seu computador caseiro para auxiliar nessa busca - uma espécie de crowdfunding computacional

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Em 1961, um pequeno grupo de cientistas se reuniu no estado norte-americano da Virgínia Ocidental para discutir sobre a busca de vida inteligente em outros planetas. Entre os organizadores do encontro estava Francis Drake - na ocasião, ele apresentou a hoje famosa equação descrevendo a possibilidade de encontrar extraterrestres em algum local do Universo. Mas Drake usou o encontro para falar de um experimento menos conhecido, mostra essa matéria do Technology Review.

De modo simples, Drake questionou: "Se recebermos uma mensagem do espaço, como vamos decodificá-la, já que a humanidade não possui um idioma em comum? Caso quisermos responder, como vamos criar essa mensagem?

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Para ilustrar esse problema, Drake criou uma mensagem em código e desafiou os participantes da reunião a decifrar o código. Ele recebeu uma mensagem na mesma linguagem, um indicativo de que os colegas haviam entendido o código criado por ele. Anos depois, uma revista de eletrônica para amadores publicou a mensagem de Drake e um ano depois (!) um leitor da revista enviou uma carta com o código decifrado.

Isso nos leva a um ponto interessante. Nos dias atuais, se alguma forma de inteligência do espaço nos enviar uma mensagem, uma opção seria postar o código nas redes sociais e deixar a inteligência coletiva global descobrir a solução do problema. Rene Heller, pesquisador do Insituto Max Planck, resolveu testar essa ideia.

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Heller criou uma mensagem simulada de extraterrestres e postou o texto no Twitter e no Facebook do Projeto Busca Por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês). Fundado nos anos 1970 por Drake, o projeto SETI busca unir esforços científicos e computacionais na busca por vida alienígena. Nos anos 1980, o projeto ganhou uma vertente chamada Seti at home - qualquer pessoa no planeta podia ceder os recursos do seu computador caseiro para auxiliar nessa busca - uma espécie de crowdfunding computacional. 

O desafio proposto por Heller consiste em imaginar que a Terra recebeu sinais de rádio de uma fonte não identificada, a cerca de 50 anos-luz da Terra (450 trilhões de km). Esses sinais estariam na frequência de 450 Hz. Heller postou um áudio da mensagem aqui. O que ela significa? Esse é o desafio para os entusiastas de astronomia mundo afora.

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Para criar a mensagem, Heller usou algumas técnicas comuns na análise de sinais do espaço. A mensagem consiste em imagens de 359 x 757 pixels (ambos são números primos). A mensagem tem sete páginas (outro número primo) e cada página da mensagem está codificada usando números primos, constantes físicas famosas e outros dados do projeto.

Não demorou muito para que Heller obtivesse resposta das redes sociais - um email com a resposta correta do desafio apareceu no dia seguinte. E quanto mais a notícia sobre o desafio se espalhou, mais respostas Heller obteve. No total, 66 das respostas estavam corretas - duas delas vierem de estudantes do colegial.

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O trabalho de Heller mostra que o trabalho de buscar por vida fora da Terra não precisa ser exclusividade da comunidade astronômica. A chamada "inteligência coletiva" funciona. Quebrar esse serviço espalhá-lo nas redes sociais não apenas torna o trabalho mais barato e mais rápido - é uma bela chance de unir a humanidade em um projeto muito útil.

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