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Coração novo. Regenerado com injeção de células-tronco

Recriar um coração inteiro ainda é ficção científica, mas reparar tecidos danificados por um infarto parece viável hoje. Graças às células-tronco  

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Por Laurent Giordano – Le Figaro

 

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Todo ano, na França, cerca de 120 mil pessoas são afetadas pelo infarto. Em cada ataque, ocorre uma morte brutal e numerosa de células que, por vezes, causa uma insuficiência cardíaca. Para reparar esses corações danificados, inúmeras equipes de pesquisa se concentraram na terapia celular. A ideia? Injetar nas áreas cardíacas necrosadas pelo infarto, células com virtudes regenerativas: as famosas células-tronco.

Essas células têm um duplo poder. Elas podem se auto-renovar e se transformar e se diferenciar em uma ou várias células especializadas, de acordo com o órgão em que estão localizadas. Na medula óssea, por exemplo, elas fornecem células sanguíneas e nos embriões, todos os tipos celulares possíveis. São essas células que permitem que os seres vivos se formem ou se regenerem parcialmente, renovando as células mortas.

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Atualmente, sabemos extrair células-troncos, multiplicá-las in vitro, orientar sua diferenciação, controlar seu potencial tumoral e injetá-las em milhões em corações necróticos. Começamos também a conhecer seu modo de ação. Elas não são capazes de refazer por si próprias um novo tecido cardíaco; elas agem indiretamente ao secretar múltiplos fatores de crescimento, que estimulam as vias de regeneração das células cardíacas do receptor.

Resultados modestos, mas encorajadores

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Depois de quinze anos de pesquisas, o primeiro estudo clínico de grande escala acaba de ser lançado: o projeto europeu BAMI. Seu objetivo é recrutar 3 mil pacientes voluntários que sofreram um infarto do miocárdio, grave e recente, e tratá-los por injeção de células-tronco da medula óssea. «Estudos clínicos realizados em coortes de 100 a 200 pessoas já deram resultados modestos mas reais, promovendo a capacidade de recuperação do músculo cardíaco», explica  a Prof. Patricia Lemarchand, terapeuta celular no Hospital Universitário de Nantes (Unidade Inserm 915). «Mas um estudo mais importante seria necessário para esclarecer esses benefícios terapêuticos e desenvolver, talvez, um tratamento de rotina.»

O Prof. Philippe Menasché, cirurgião cardíaco no Hospital europeu Georges-Pompidou, (cuja equipe, no ano 2000, esteve na origem do primeiro transplante de células-tronco no miocárdio), permanece mais reservada. «Nesta indicação, diz ele, a injeção de células da medula óssea fornece resultados pouco convincentes, e o interesse médico por um tratamento tão pesado não é evidente para pacientes em pós-infarto agudo. Porque, de modo geral, eles se recuperam bem após o atendimento de urgência.»

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Na sua opinião, a terapia celular faz mais sentido para os infartos crônicos acompanhados de insuficiência cardíaca. E sua equipe foca sobre a utilização de células-tronco embrionárias pré-orientadas em células cardio-musculares. Os resultados em animais com insuficiência cardíaca são bastante encorajadores e Philippe Menasché obteve, junto à Agência Nacional da Segurança de Medicamento (ANSM) e do Comitê de ética, a autorização para praticar os primeiros estudos em seis pacientes voluntários. Lançado há apenas alguns meses, este estudo de viabilidade é uma novidade mundial que também abre perspectivas interessantes.

 

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