CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

Crianças viciadas em açúcar. Como vencer o consumo excessivo de alimentos doces

Refrigerantes, doces, balas, bombons. Em todo o mundo desenvolvido as crianças comem diariamente de duas a três vezes mais açúcar do que o necessário. Com o consequente risco de obesidade, cáries e moléstias cardíacas no futuro. Mas de nada adiante proibir. Mais vale explicar aos pequenos que o excesso de açúcar é muito prejudicial a saúde.

Crianças viciadas em açúcar. Como vencer o consumo excessivo de alimentos doces
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

 

 Por: Aude Rambaud – Le Figaro Santé  

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma única latinha de refrigerante e pronto: seu filho já superou o limite de consumo de açúcar recomendado para uma inteira jornada. Na teoria, seria preciso que os açúcares escondidos nas bebidas e alimentos industrializados representem menos de 5% da ração calórica quotidiana para prevenir a obesidade, o diabetes e as cáries dentárias. Na França, a pesquisa alimentar Inca 3 revela que os jovens franceses consomem de duas a três vezes mais açúcar do que o recomendado. Mas é preciso dizer que, no nosso modelo de vida, os açúcares estão em toda a parte. Então, como evitar o seu consumo em excesso?

“De nada adianta proibir”, previne logo de início o professor Jean-Michel Lecerf, chefe do serviço de nutrição do Instituto Pasteur da cidade de Lille. Proibir é contraproducente, não importa se a interdição venha dos pais ou da sociedade. Na verdade, a interdição é a melhor forma de incitar as crianças a desafiar esse limite. Por outro lado, demonizar uma categoria de alimento acarreta distúrbios da relação alimentar, e o desenvolvimento de comportamentos potencialmente graves. O que é realmente necessário é explicar às crianças por que o açúcar pode ser nocivo para a saúde  e as ajudar a tomar consciência das quantidades que consomem. De modo paralelo, também é fundamental ensinar a elas como apreciar os produtos açucarados e os degustar. É preciso evitar que elas se escondam para engolir rapidamente os doces mas, ao contrário, que elas tomem todo o tempo que for necessário para saboreá-los, sem experimentar nenhum sentimento de culpa. É necessário desenvolver nos pequenos a consciência de uma relação sadia com a alimentação”, explica Lecerf.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Reduzir a tentação

A primeira providência a ser tomada para limitar as tentações é limitar a exposição. Não se deve, em absoluto, deixar produtos açucarados expostos à disposição para o consumo em casa. “Se doces, refrigerantes, sorvetes e cremes estivirem visíveis nas prateleiras u nas geladeiras, eles serão comidos. E em maior quantidade se esse consumo for proibido! Não guarde estoques desses produtos. Como sobremesa, uma fruta já é suficiente”, declara Jean-Michel Lecerf. “Isso é ainda mais importante quando os pais que trabalham nos fins de semana estiverem ausentes aos sábados e domingos, por exemplo, quando as crianças ficam sozinhas em casa. Se elas mesmas tiverem de preparar o almoço ou um lanche, elas sempre terão a tendência a comer produtos supérfluos e açucarados” insiste Béatrice de Reynal, médica nutricionista.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É preciso igualmente ensinar as crianças a conhecer as quantidades de açúcar presentes nos alimentos. Para tanto, cozinhar com as crianças ao lado, como auxiliares, é uma medida excelente. É ao fazer um bolo, um doce, que elas realizarão que 200 gramas de açúcar representam mais de 5 vezes a quantidade diária recomendada para eles. Assim que a criança aprende a ler, podemos lhe mostrar os dados nutricionais que constam dos rótulos nos produtos. Isso permitirá que ela saiba que o ketchup, por exemplo, contem muito açúcar, destinado a mascarar a acidez do tomate.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Proibir sem explicar não serve a nada

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Existem também numerosos pequenos “truques” para se praticar em família para reduzir os aportes de açúcar: fazer a própria comida a partir de alimentos simples para evitar os açúcares adicionados aos produtos industrializados, diminuir progressivamente as quantidades de açúcar nas receitas de doces ou nos doces à base de laticínios para desabituar a pessoa que prefere alimentos muito doces, preferir as compotas e geleias sem açúcar adicionado, oferecer pão com manteiga no café da manhã, em vez de biscoitos e bolachas açucarados, reduzir as porções de cereais doces pela manhã, substituindo-os com uma fatia de pão. E, evidentemente, deixar sempre disponível sobre a mesa uma garrafa de água, de preferência com uma ramo de mente ou hortelã frescas ou uma fatia de limão.

Para os adolescentes, a informação e a sensibilização são fundamentais: ainda uma vez, as proibições não servem para nada. “Os adolesdcentes não são insensíveis às mensagens de prevenção, mas o efeito de grupo acaba sempre vencendo a decisão individual. Se todo o grupo vai ao fast-food ou à pizzaria, o jovem simplesmente segue a decisão da maioria e isso é normal. Apesar disso, é bom saber que os adolescentes geralmente não comem de tudo e qualquer coisa. Eles dão muita importância à alimentação. Não por razões de saúde, já que não sentem que isso lhes diz respeito, mas para se sentir bem, para serem bonitos em relação aos outros”, comenta Béatrice de Reynal.

  

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO