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Decisão da Opep pode fazer gasolina subir no Brasil

A Petrobras vai monitorar nos próximos dias os efeitos da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir a produção sobre os preços da commodity para definir os valores dos derivados nas refinarias da estatal, mas a tendência é de alta, disse nesta quarta-feira à Reuters uma fonte próxima às discussões

Prédio da Petrobras (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras vai monitorar nos próximos dias os efeitos da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir a produção sobre os preços da commodity para definir os valores dos derivados nas refinarias da estatal, mas a tendência é de alta, disse nesta quarta-feira à Reuters uma fonte próxima às discussões.

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O câmbio atual também cria um viés de alta para os preços de combustíveis da Petrobras, acrescentou a fonte, na condição de anonimato.

"Com certeza, o viés hoje é muito mais para um viés de alta do que de baixa. Sem dúvida", disse.

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Os países da Opep produzem cerca de um terço do petróleo no mundo, ou cerca de 33,6 milhões de barris dia, e pelo acordo desta quarta-feira deverão reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão bpd a partir de janeiro de 2017.

O dólar está cerca de 7 por cento mais forte frente ao real e o petróleo Brent está aproximadamente 8,5 por cento mais caro, na comparação com 8 de novembro, quando a estatal tomou a decisão de reduzir os preços.

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Petróleo mais caro e dólar mais forte, em tese, levariam a Petrobras a elevar seus preços, mas há outras variáveis consideradas na nova política da empresa, que prevê avaliações pelo menos uma vez por mês.

"A empresa não vai tomar uma decisão imediatamente. É preciso uns dois dias para ver se há uma mudança significativa ou não. Uma mudança, se for tomada, seria a partir da semana que vem", disse a fonte.

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O petróleo Brent fechou alta de 8,8 por cento nesta quarta-feira.

Na esteira dos ganhos do petróleo, as ações preferenciais da Petrobras tiveram ganhos de cerca de 9 por cento.

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Desde que anunciou a sua nova política de preços e a criação de um comitê para tratar dos derivados, em outubro, a petroleira já reduziu o preço do diesel e da gasolina duas vezes, em momento em que perdia participação de mercado para o produto importado.

ANALISTAS APONTAM PARA ALTA

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Analistas consultados pela Reuters avaliaram nesta quarta-feira que a alta nas cotações do petróleo, após um acordo da Opep para cortar produção, e do dólar, na esteira da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, deverão ser argumentos fortes para a Petrobras elevar os preços da gasolina e do diesel no Brasil.

A Petrobras, após ser procurada, apenas reafirmou algumas diretrizes de sua política de preços.

A companhia disse que leva em consideração, na composição dos preços, os seguintes fatores: preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias; margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro, além de tributos; nível de participação no mercado; e preços nunca abaixo da paridade internacional.

 

(Com reportagem adicional de Gustavo Bonato)

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