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Defesa póstuma de dissertação do indígena Ely Macuxi terá transmissão ao vivo

Ely perdeu a luta para a Covid-19 às vésperas de alcançar a defesa no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social/PPGAS, da Universidade Federal do Amazonas/UFAM, vindo a falecer no dia 21 de janeiro de 2021

(Foto: Divulgação)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

Terá transmissão ao vivo, no próximo dia 12, (sexta), a partir das 14h de Manaus (15h de Brasília), via Youtube, a defesa póstuma da dissertação de mestrado em Antropologia Social do indígena de Ely Ribeiro de Souza (Ely Macuxi). Seu trabalho versou sobre “RELAÇÕES INTERÉTNICAS EM CONTEXTO URBANO: Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno – COPIME”. Ely perdeu a luta para a Covid-19 às vésperas de alcançar a defesa no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social/PPGAS, da Universidade Federal do Amazonas/UFAM, vindo a falecer no dia 21 de janeiro de 2021. Na ocasião docentes e discentes participaram de atividade online em homenagem ao pesquisador, que se dedicou à ciência, educação e trajetória da causa indígena.

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Por iniciativa do seu orientador, Prof. Raimundo Nonato Pereira da Silva (PPGAS/UFAM), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) concordou em fazer a defesa póstuma do seu trabalho.

A Abertura da Sessão terá pronunciamento do Prof. Carlos Machado Dias Jr., Coordenador do PPGAS/UFAM. Na sequência haverá apresentação do Prof. Raimundo Nonato Pereira da Silva (PPGAS/UFAM), orientador. Participam também Prof. Antônio Carlos de Souza Lima (PPGAS/Museu Nacional/UFRJ), Prof. João Pacheco de Oliveira Filho (PPGAS/Museu Nacional/UFRJ/UFAM), representante da COPIME, representante do Colegiado Indígena PPGAS/UFAM. No final a família receberá o certificado (ATA) como homenagem.

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Macuxi, de 59 anos, era uma referência para a educação indígena, causa pela qual lutou desde 1990. Ele foi o primeiro gerente do Núcleo de Educação Escolar Indígena na Semed e se dedicou também ao acompanhamento das primeiras comunidades indígenas na área urbana na luta por moradia. O professor era casado e tinha um filho. Ely participou do curso de Licenciatura Indígena “Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável”, atuando como professor no curso de formação de professores indígenas, Projeto PiraYawara, no município de São Gabriel do Rio Negro (AM).

A Dissertação

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A partir da década de 1990, ampliou-se o processo de mobilização social e política protagonizada pelas lideranças indígenas residentes no estado do Amazonas e na capital amazonense. Esse movimento se fortaleceu a partir das ações da Coordenação das Organizações da Amazônia Brasileira (COIAB) e por organizações como a Associação das Mulheres indígenas do Rio Negro (AMARN), Associação Indígena das Mulheres Sateré-Mawé (AMISM), o Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (MEIAM) e contou com o apoio de instituições de causas humanitárias, ONGs, entidades governamentais.

A ação conjunta das lideranças indígenas e seus apoiadores resultou a partir dos anos de 2000, na constituição de importantes organizações indígenas, dentre elas, a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME) em 2011, agregando 47 organizações indígenas de Manaus e mais 12 situadas nos municípios e entorno da cidade de Manaus, representando aproximadamente três mil indígenas.

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Nesse contexto, a presente dissertação, intitulada: “RELAÇÕES INTERÉTNICAS EM CONTEXTO URBANO: Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno – COPIME”, teve por objetivo analisar a ação política da COPIME, no período de 2011 a 2018, com ênfase sobre as dificuldades enfrentadas pela COPIME na organização e defesa dos direitos indígenas em Manaus e entorno. A hipótese que norteou a pesquisa é que tais dificuldades decorrem de dois fatores: a falta de unidade das organizações na luta política e o não reconhecimento étnico ao atendimento as reivindicações indígenas por parte do poder municipal. Desse modo, partiu-se da preliminar de que os limites e possibilidades das ações da COPIME são de ordem étnica, política e administrativa no contexto das relações internas, mas também de ordem política de resistência por parte do poder público em não atender as demandas sociais indígenas na quantidade e qualidade desejadas. Assim sendo, a presente pesquisa demonstra o protagonismo indígena através do processo de institucionalização da COPIME, enquanto elemento organizador, político e de decisão, na luta política étnica pelo acesso às políticas sociais, suas dificuldades e os ganhos políticos e sociais efetivos para os povos indígenas em Manaus e entorno.

 Transmissão ao vivo via Youtube:

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