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Del Nero perdeu condições de comandar CBF, diz primeiro vice

O presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, não tem mais condições de permanecer à frente da entidade após o indiciamento do dirigente na Justiça dos Estados Unidos, afirmou Delfim Peixoto, vice-presidente mais velho da confederação e primeiro na linha sucessória de Del Nero; segundo ele, que é presidente da Federação Catarinense de Futebol e faz oposição a Del Nero, as denúncias que forçaram o licenciamento do presidente da entidade “são graves, lamentáveis e precisam ser apuradas”; "Isso que está acontecendo não é bom para o futebol brasileiro"

O presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, não tem mais condições de permanecer à frente da entidade após o indiciamento do dirigente na Justiça dos Estados Unidos, afirmou Delfim Peixoto, vice-presidente mais velho da confederação e primeiro na linha sucessória de Del Nero; segundo ele, que é presidente da Federação Catarinense de Futebol e faz oposição a Del Nero, as denúncias que forçaram o licenciamento do presidente da entidade “são graves, lamentáveis e precisam ser apuradas”; "Isso que está acontecendo não é bom para o futebol brasileiro" (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, não tem mais condições de permanecer à frente da entidade após o indiciamento do dirigente na Justiça dos Estados Unidos, disse nesta sexta-feira Delfim Peixoto, vice-presidente mais velho da confederação e primeiro na linha sucessória de Del Nero.

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Segundo Peixoto, que é presidente da Federação Catarinense de Futebol e faz oposição a Del Nero, as denúncias que forçaram o licenciamento do presidente da entidade “são graves, lamentáveis e precisam ser apuradas”.

"Isso que está acontecendo não é bom para o futebol brasileiro", disse o vice-presidente em entrevista à Reuters pelo telefone.

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“Acho que fica difícil ele permanecer. É difícil tocar o futebol brasileiro na situação como está”, acrescentou.

O presidente da CBF se licenciou do cargo na quinta-feira, dia em que um procedimento foi aberto contra ele no comitê de ética da Fifa e em que o dirigente foi indiciado na Justiça dos Estados Unidos acusado de receber propina em contratos ligados a competições no Brasil e na América do Sul.

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Del Nero foi eleito presidente da CBF no ano passado, mas assumiu o cargo em abril deste ano ao suceder o presidente José Maria Marin, que foi preso em maio na Suíça junto com outros dirigentes do futebol mundial na maior operação já feita contra a corrupção neste esporte.

Peixoto não esconde o desejo de assumir o comando da entidade que comanda o esporte no país. Como vice mais velho da CBF, de acordo com o estatuto da entidade, ele assumiria o posto em caso de saída em definitivo de Del Nero.

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“Você sabe que quem está no mundo do futebol tem que aceitar qualquer missão", disse, para em seguida questionar: “quem não gostaria de ser (o presidente da CBF)?”

O estatuto da CBF determina, também, que em caso de licenciamento do presidente da entidade, ele pode escolher qual dos vice-presidentes comandará a confederação durante sua ausência. O escolhido de Del Nero foi o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), que durante anos presidiu a Federação Capixaba de Futebol.

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O licenciamento de Del Nero pode ter duração de até 180 dias, com possibilidade de renovação por período igual. Mas para Peixoto, as chances de ele voltar ao comando da CBF são muito pequenas.

REESTRUTURAÇÃO

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Outro ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que deixou a entidade em 2012 em meio a denúncias de irregularidades, também foi indiciado pela Justiça dos EUA. Ele teria recebido, de acordo com as investigações, propina referente a contratos de patrocínio com uma empresa de material esportivo.

Para Peixoto, o mau momento vivido pelo futebol brasileiro, que na Copa do Mundo de 2014 sofreu sua pior derrota ao ser goleado por 7 x 1 pela Alemanha, é causado pelos sucessivos escândalos envolvendo dirigentes da CBF.

“Nós precisamos fazer uma reestruturação grande do futebol brasileiro, começando pela base. Essas mudanças não contribuem“, declarou.

Desde as prisões de dirigentes em maio, Del Nero não viaja ao exterior para acompanhar a seleção brasileira em amistosos e partidas oficiais. Ele também se ausentou de encontros da Fifa e da Conmebol e decidiu nomear outro vice-presidente, Fernando Sarney, para representá-lo no comitê executivo da Fifa.

“É no mínimo constrangedor um presidente não poder sair do país com a seleção...estão acontecendo coisas no futebol brasileiro e no mundial que deveriam acontecer“, afirmou Peixoto.

A estratégia de não deixar o país deve ser mantida, segundo uma fonte da CBF, mas existe a possibilidade de a Justiça dos EUA enviar para as autoridades brasileiras documentos e informações para que investigações sejam conduzidas também no Brasil.

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