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Depois de ganhar 2013, Campos foca em 2014

A terceira colocação nas pesquisas pela disputa presidencial de 2014 não parece arrefecer o fôlego do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na corrida pelo Planalto; após conseguir trazer a ex-senadora Marina Silva e a Rede para as fileiras socialistas, além de ter conseguido o apoio do PL e do PPS, que também era disputado pelo PSDB, Campos tem tentado fazer oposição programática, onde ao mesmo tempo em que marca suas posições evita trombar de frente com o governo Dilma; se ele ganhou 2013, porque não manter a confiança para 2014?

A terceira colocação nas pesquisas pela disputa presidencial de 2014 não parece arrefecer o fôlego do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na corrida pelo Planalto; após conseguir trazer a ex-senadora Marina Silva e a Rede para as fileiras socialistas, além de ter conseguido o apoio do PL e do PPS, que também era disputado pelo PSDB, Campos tem tentado fazer oposição programática, onde ao mesmo tempo em que marca suas posições evita trombar de frente com o governo Dilma; se ele ganhou 2013, porque não manter a confiança para 2014? (Foto: Paulo Emílio)
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Paulo Emílio, Pernambuco 247 - A terceira colocação nas pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial do próximo ano não parece arrefecer o fôlego do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na disputa para chegar ao Palácio do Planalto. Apesar de ainda ser desconhecido da maioria do eleitorado nacional, Campos têm dado mostras de que sabe o que faz. Inicialmente se posicionando através de críticas quanto à condução da economia pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), ele e o PSB deixaram a base governista, conseguiu trazer a ex-senadora Marina Silva e a Rede para as fileiras socialistas, além de ter conseguido o apoio do PL e, mais recentemente, do PPS, que também era disputado pelo PSDB. Pregando a construção de uma nova política, sintonizada com o desejo de mudanças manifestado pela população nos protestos de junho, Campos tem tentado fazer uma oposição programática, onde ao mesmo tempo em que marca suas posições evita trombar de frente com o governo Dilma, que fazia parte até recentemente. E se ele ganhou 2013, porque não manter a confiança para 2014?

Caminhando de forma lenta, mas segura, Campos hoje oscila com índices de intenção de voto em torno de 10%, atrás da presidente Dilma que tenta a reeleição, e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). O maior impulso para alavancar os planos nacionais de Campos e do PSB vieram pouco depois do partido deixar a base governista em meados deste ano. Momentos antes de expirar o prazo para o fim das filiações partidárias, Marina Silva, que não conseguiu viabilizar a criação do seu partido, o Rede Sustentabilidade, anunciou a sua filiação e o apoio da sua militância para a plataforma do PSB.

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A entrada de Marina no PSB, que obteve surpreendentes quase 20 milhões de votos na última eleição presidencial e a predisposição para ser a vice de Campos pegou o mundo político de surpresa. O PT, que já via a movimentação do governador pernambucano com desconfiança – até em função dos resultados das eleições municipais de 2012, quando o PSB foi o partido que mais cresceu em todo o País, além de ter infligido ao Partido dos Trabalhadores uma derrota acachapante no Recife (PE) e que acabou por rachar a legenda internamente – não assimilou bem a movimentação, uma vez que a nova composição acabou por acender o temor de que a disputa presidencial de 2014 seja decidida em um segundo turno.

A movimentação também pegou o PSDB de surpresa, uma vez que o partido tucano, se não esperava uma apoio direto da ex-senadora, também não acreditava que ela pudesse ingressar de mala e cuia no PSB. Passando por uma série de problemas internos, como a insistência do ex-governador José Serra em querer ser mais uma vez o candidato do partido para disputar as eleições presidenciais, o PSDB viu minguar significativamente as chances de ser o único partido capaz de fazer frente à reeleição da presidente Dilma.

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Enquanto os demais partidos se descabelavam buscando entender as razões de Marina, Campos tratou de anunciar que o PSB e a Rede estavam trabalhando para montar uma agenda programática mantendo as conquistas econômicas e sociais registradas nos últimos anos e avançando em outros pontos como os ligados a sustentabilidade e meio ambiente, além da modernização e maior eficiência das práticas de gestão e dos serviços públicos.  

Com o PT preocupado com o Processo de Eleições Diretas (PED) para definir os dirigentes do partido, além de ter que passar pelo constrangimento de ter que aceitar o fato de ter muitos dos seus maiores quadros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o PSDB tentando apagar a crise interna e consolidar Aécio como um candidato competitivo, Campos ganhou espaço junto ao empresariado e intensificou suas andanças pelo País. Em paralelo, ele também intensificou as críticas contra o governo Dilma.

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A despeito de problemas isolados durante o processo de acomodação após o ingresso de Marina Silva e a Rede nas hostes do PSB, Campos também intensificou o contato com outros partidos visando assegurar o apoio necessário à sua postulação. O resultado veio no último final de semana, quando o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), anunciou que a legenda pós-comunista irá integrar o palanque do governador pernambucano. Se Campos saiu fortalecido com a decisão, o PSDB acabou por perder um aliado histórico e bastante próximo dos ideais tucanos em praticamente todas as últimas eleições. Sem o apoio dos pós-comunistas, a estratégia do PSDB passou a ser buscar apoio e alianças junto aos insatisfeitos da base governista.

A situação incômoda já levou o senador Aécio Neves a declarar que Campos terá o seu apoio, caso não seja ele o adversário da presidente Dilma em um segundo turno. Enquanto a campanha eleitora verdadeiramente dita ainda não começou, Campos e Aécio costuram nos bastidores um pacto de não agressão e tentam fechar acordos visando os palanques estaduais. Campos também ganhou um novo fôlego nesta sexta-feira (13), quando uma pesquisa feita pela CNI/Ibope apontou o governador como o segundo mais bem avaliado do Brasil.

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Prestes a deixar o cargo, Campos deverá passar o comando do Governo do Estado, em abril para o vice João Lyra, o socialista já afirmou que a partir de então “não terá mais função nenhuma” e que irá trabalhar para consolidar o seu projeto nacional. Quem conhece o governador garante que isto não é mera retórica. Quando concorreu ao seu primeiro mandato para o Executivo pernambucano, Campos praticamente não aparecia nas pesquisas de intenção de voto e acabou eleito de forma surpreendente ao derrotar o candidato indicado pelo então governador Jarbas Vasconcelos, que detinha um dos maiores índices de aprovação em nível nacional quanto a administração estadual. Se mantiver o ritmo que o impulsionou até o momento, 2014 encontrará Eduardo Campos mais fortalecido e disposto do que imaginam seus adversários.

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