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Eduardo amplia investimentos para ajudar Dilma

Governador de Pernambuco anunciou que o Estado irá ampliar o volume e a capacidade de investimentos em R$ 400 milhões, acréscimo de 17,5% sobre o exercício passado. Agora, o valor investido será de R$ 3,5 bilhões. Objetivo, segundo ele, é ajudar a presidente a governar o país para que “ganhe” 2013, além de aumentar a sua própria credibilidade para se cacifar como potencial candidato à Presidência da República; viés político vem do fato de o anúncio ser feito dois dias após ele encontrar-se com Dilma

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Paulo Emílio e Leonardo Lucena _PE247 – O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, anunciou que o Estado irá ampliar o volume de a  capacidade de investimentos do Estado em R$ 400 milhões, o que representa um acréscimo de 17,5% sobre o exercício passado. Agora, o valor investido será de R$ 3,5 bilhões. O objetivo, segundo o gestor, é ajudar a presidente Dilma Rousseff (PT) a governar o país para que a petista “ganhe” 2013, além de aumentar a sua própria credibilidade para se cacifar como potencial candidato a presidente da República, seja em 2014 ou em 2018. Os recursos são fruto de uma operação que irá cortar os gastos com custeio, além de usar parte do fundo de emergência estadual, visando manter o nível de investimentos. O viés político vem do fato do anúncio ser feito dois após ele encontrar-se com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília.

Manter a economia estadual aquecida seria a maneira encontrada por Campos para ajudar a manter o ritmo da atividade econômica, ajudando a presidente a superar as dificuldades no campo econômico, como o próprio governador vem afirmando ser necessário reiteradamente. “Queremos ter um ano melhor do que tivemos em 2012, dando nossa contribuição com um aumento expressivo de investimentos. Se todo mundo fizer o que estamos fazendo aqui, com certeza, o resultado será bom para o país”, declarou o governador Eduardo Campos, em entrevista ao Jornal do Commercio.

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O socialista disse que informou a presidente Dilma sobre a decisão de ampliar os investimentos durante a reunião da última segunda-feira (14). “Ela disse que era importante. O Governo Federal também está procurando ampliar investimentos. São gestos que ajudam”, acrescentou, reforçando a necessidade de não “eleitoralizar” o debate.

Dos R$ 400 milhões, R$ 350 milhões virão de cortes das despesas com o custeio da máquina estadual e o restante da chamada reserva de contingenciamento, uma poupança no orçamento para “emergências financeiras”. Com a medida, o governo amplia os investimentos com recursos provenientes dos cofres do Estado. Em 2012, dos R$ 3 bilhões investidos, R$ 743 milhões foram com dinheiro próprio e o restante (R$ 2,3 bilhões) obtidos por meio de empréstimos. Agora, o aporte que sai do Governo Estadual será de R$ 1,1 bi e os financiamentos devem chegar a R$ 2,4 bi, segundo a Secretaria Estadual de Planejamento.

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Se, por um lado, o governador busca aumentar os investimentos públicos e privados no Estado, por outro, terá de ficar atento a alguns fatores, como a diminuição na arrecadação com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - que é estadual -, fruto da medida tomada pelo Governo Federal de baixar as contas de energia. Como consequência, Pernambuco já começa 2013 com menos R$ 120 milhões no orçamento. Além disso, não há garantias dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPM), pois a desoneração de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) deixou os estados e municípios brasileiros em situação desconfortável. Somente em Pernambuco, cerca de 140 das 184 cidades do Estado foram afetadas.

A capacidade de redução no custeio também gera dúvidas, já que o volume de investimentos amplia a demanda pelo pagamento de serviços e pessoal necessários para dar continuidade às ações e serviços necessários ao andamento da máquina pública e ao atendimento à população.

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Agora, resta saber como o Governo Estadual fará para implementar tudo que está previsto em seu planejamento ao mesmo tempo em que almeja fazer cortes no orçamento em algumas áreas. Este será mais um desafio para o governador Eduardo Campos mostrar. A decisão também implica na apoio implícito do Governo Federal, que em troca espera que Eduardo mantenha o PSB na base governista e o apoio da legenda para a reeleição de Dilma em 2014. A expectativa fica por conta do que Campos fará ao longo dos próximos meses já que a possível candidatura do governador à Presidência da República nas próximas eleições faz com que suas medidas, sobretudo em termos de política econômica, ganhem repercussão nacional.

Caso o desempenho da economia nacional não vá bem ao longo de 2014, o PSB avalia que – com o Estado mantendo o ritmo de crescimento, acima da média nacional nos últimos anos – este será o momento da legenda lançar candidato próprio rumo ao Planalto. Por outro lado, ampliar o ritmo da economia implica que o Governo Federal aumente o repasse de recursos e de financiamentos estados e municípios. Com isto, cria-se uma relação de dependência entre ambos e onde nenhum lado tem interesse numa rusga imediata que venha a ter consequências desastrosas, seja no campo político, social ou econômico. Pelo visto, a decisão do PSB em lançar ou não uma candidatura majoritária deverá ser adiada por mais alguns meses e a economia terá um papel fundamental para ambos os lados. 

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