Expectativa de vida. Em todo o mundo, ela não para de aumentar
Nos países mais desenvolvidos a expectativa de vida progrediu mais 5 anos, entre 2000 e 2015. É o que informa um relatório da OMS – Organização Mundial da Saúde. Mas as desigualdades persistem entre os países mais ricos e os mais pobres, com mais de trinta anos de diferença entre os dois extremos.
Por Thomas Delozier – Le Figaro
As crianças que nascem hoje, tem todas as chances de viver nos anos da década de 2080. De acordo com as estatísticas sanitárias mundiais, apresentadas há pouco pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida das crianças nascidas em 2015 é de 71,4 anos em média (73,8 anos para as mulheres e 69,1 para os homens). Ou seja, cinco anos a mais que em 2000. Resultados promissores após a queda observada na década de 1990, principalmente por causa da epidemia de Aids na Europa Oriental, após a queda da União Soviética.
«O mundo tem feito grandes progressos para reduzir o sofrimento desnecessário e o número de mortes prematuras por doenças que podem ser evitadas e tratadas, alegrou-se a Dra Margaret Chan, diretora geral da OMS. Mas estes progressos têm sido desiguais» Assim, um Japonês pode esperar viver trinta e três anos a mais que um habitante da Sierra Leoa : 83,7 anos para o primeiro e 50,1 anos para o segundo.
82,4 anos na França, 75 anos no Brasil
Graças aos progressos específicos em matéria de sobrevivência da criança, da luta, contra a malária e da expansão do acesso a medicamentos anti-retrovirais para o tratamento da aids, a esperança de vida na África ganhou mais de nove anos desde 2000. Mas este grande progresso não esconde uma profunda injustiça: nos 22 países, todos situados na África subsaariana, o tempo médio de vida mal chega aos 60 anos de idade. Em outros continentes, 29 nações com rendimentos elevados, proporcionam aos seus cidadãos, uma longevidade superior a 80 anos.
As mulheres japonesas são as que podem esperar viver mais no mundo (86,8 anos em média). No que diz respeito aos homens, é na Suíça que eles estão em melhor forma: eles vivem até 81,3 anos, em média. Na França, por sua vez, ela está em 9o lugar na classificação, com uma expectativa de vida de 82,4 anos (79,4 anos para os homens e 85,4 anos para as mulheres), incluindo pessoas de 72 anos com boa saúde (contra uma média de 63,1 anos no mundo).
A mortalidade infantil dividida por dois
A queda significativa da mortalidade infantil é uma das boas notícias do relatório da OMS, que explica parte do aumento mundial da expectativa de vida. Pela primeira vez, ela passou abaixo da linha dos 6 milhões de mortes anuais de crianças menores de 5 anos. Metade dessas crianças, faleceram na infância em 2015, em relação a 1990 (12,7 milhões).
Mas, novamente, esse número esconde desigualdades graves. Se a mortalidade infantil estiver ao redor de 4 para 1.000 crianças na França ou na Alemanha, ela permanece muito elevada na África: 156 mortes para 1.000 crianças em Angola, 140 para 1.000 no Chad… Prematuridade, complicações durante o trabalho de parto e no próprio parto, infecções e malária, são as principais causas de mortes das crianças.
Outro fator de desigualdade: o acesso à equipe médica, especialmente na África e no Mediterrâneo Oriental. Assim, 40% dos partos ocorrem sem assistência ou material estéril na África. A Serra Leoa tem menos de 2 profissionais de saúde para cada 10 mil habitantes, enquanto na Suíça (2a na classificação) eles são 214 médicos. «Ajudar os países a alcançar a cobertura sanitária universal (o acesso a 16 serviços de cuidados básicos, NDLR) com base em um sistema de cuidados básicos de saúde, é a melhor coisa que podemos fazer para não deixar ninguém para trás», explica Margaret Chan.
Mas também, será preciso progredir na contagem das mortes. Segundo a OMS, apenas 59 dos 194 países identificam nos registros oficiais, a integralidade das mortes. No total, cerca de 53% das mortes em todo mundo não são registradas.
OS CAMPEÕES DA EXPECTATIVA DE VIDA
Expectativas de vida mais elevadas:
1. Japão: 83,7 anos
2. Suíça: 83,4 anos
3. Singapura: 83,1 anos
4. Austrália: 82,8 anos
5. Epanha: 82, 8 anos
As menos elevadas:
1. Serra Leoa: 50,1 anos
2. Angola: 52,4 anos
3: República Centroafricana: 52,5 anos
4: Tchad: 53,1 anos
5: Costa do Marfim: 53,3 anos
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