Garcia tenta justificar revisão do Plano Diretor
Segundo o prefeito, que sancionou projeto amplamente criticado pela sociedade, “as adequações refletem o que já acontece em todo o mundo, onde se pensa em alternativas para o desenvolvimento urbano sustentável”; argumento do petista confronta entendimento sobre o que é sustentabilidade, já que a grande polêmica está relacionada à empresa Hypermarcas -- principal beneficiária da nova lei --, que já está construindo obra de alto impacto ambiental e de vizinhança na Região Norte na Capital, berço de mananciais
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A Redação_ "As adequações não comprometem as diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor de 2007." Foi o que disse o prefeito Paulo Garcia em nota da Prefeitura de Goiânia encaminhada à imprensa no início da tarde desta quarta-feira (1º/5).
No texto, o prefeito justifica as alterações no Plano Diretor da capital e afirma que "as adequações refletem o que já acontece em todo o mundo, onde se pensa em alternativas para o desenvolvimento urbano sustentável."
O prefeito sancionou na íntegra, na última segunda-feira (29), o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal que altera o plano, mesmo diante protestos e até campanha nas redes sociais. Dentre outras coisas, o texto apresenta alterações no sistema viário da cidade, além de mudanças relativas à ocupação de grandes áreas.
Região Norte
A grande polêmica está relacionada à empresa Hypermarcas, que seria a principal beneficiada com a nova lei, já está construindo uma obra na região norte, um berço de mananciais, conforme ressaltou o vereador Djalma Araújo (PT), no Twitter, na última semana.
Segundo Paulo Garcia, as adequações são de caráter pontual, sendo mantidos a estrutura e o aspecto jurídico e técnico original, abrangendo apenas alterações específicas no que tange ao sistema viário, ocupação de grandes áreas, drenagem urbana, áreas de restrição à ocupação e áreas de interesse econômico e de influência da prefeitura.
Mudanças
“A construção de prédios ao longo de corredores, onde já há toda infraestrutura e onde o morador pode consumir, trabalhar, ir ao médico perto de casa, é muito mais sustentável do que construir conjuntos habitacionais em locais distantes que, além de exigir grandes investimentos, obriga as pessoas a se deslocarem com frequência”, argumenta.
Ainda justificando a aprovação das mudanças, Paulo afirma que "fez-se necessária, por meio da Administração Municipal, a avaliação e promoção das correções necessárias nos dispositivos técnicos que regem o ordenamento do município."
A administração municipal esclarece também que qualquer empreendimento a ser construído com base nas mudanças do Plano Diretor deverá, antes, apresentar estudos de impacto ambiental, de vizinhança e de trânsito. (Adriana Marinelli)
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