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Genival: "Como licenciar obra da 13 de Julho sem estudos?"

Em entrevista coletiva, o secretário disse que para liberar a obra que o prefeito João Alves Filho (DEM) que realizar, é preciso um estudo de engenharia e de impacto ambiental; o projeto da administração municipal prevê a construção de uma estrutura de 40 metros avançando sobre o mar e aterrando a área, que será transformada em espaço de lazer, e seis espigões (paredões) de mais 40 metros dentro do rio; "que consequências uma obra como está terá sobre a Coroa do Meio, sobre o Centro da cidade e sobre a Barra dos Coqueiros? Não sabemos. Não há estudo sobre isto. Então, não podemos autorizar uma obra, que poderá cobrir um santo para descobrir outro", afirmou o secretário de Estado do Meio Ambiente

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Valter Lima, do Sergipe 247 - O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Genival Nunes, derrubou todos os argumentos que estão sendo utilizados pela Prefeitura de Aracaju para justificar uma suposta urgência na realização da obra de contenção do avanço do mar no Bairro 13 de Julho (no trecho compreendido entre o Iate Clube e o calçadão). 

Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (29), o secretário disse que para liberar a obra que o prefeito João Alves Filho (DEM) que realizar, é preciso um estudo de engenharia e de impacto ambiental. O projeto da administração municipal prevê a construção de uma estrutura de 40 metros avançando sobre o mar e aterrando-o, que será transformada em área de lazer, e seis espigões (paredões) de mais 40 metros dentro do rio. "Que consequências uma obra como está terá sobre a Coroa do Meio, sobre o Centro da cidade e sobre a Barra dos Coqueiros? Não sabemos. Não há estudo sobre isto. Então, não podemos autorizar uma obra, que poderá cobrir um santo para descobrir outro", afirmou Genival.

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Segundo ele, se é tão urgente a demanda da prefeitura e se há risco de desabamento, como foi dito pelos representantes da gestão municipal, por qual motivo ainda não se convocou a Defesa Civil para realizar uma análise criteriosa da área? De acordo com a gerente de licenciamento ambiental da Adema, Ana Tereza Flores de Almeida, vistorias recentes realizadas pelo órgão não identificaram avanço da água no subsolo da avenida. "Não há infiltrações, até porque há um paredão próximo a balaustrada", explicou.

Genival Nunes também rechaçou a ilação feita pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Matos, de que haveria motivações políticas que impediam a liberação do licenciamento. "A Adema é um órgão responsável e exclusivamente técnico. Uma obra como está não pode receber liberação de maneira açodada, sem sustentabilidade técnica. Não adianta criar fato político", rebateu. O secretário estadual lembrou ainda que tem conversado com a equipe da prefeitura rotineiramente para chegar a um acordo. "É injustiça dizer que passou 50 dias sem encaminhamentos", frisou. 

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Ele defende que a prefeitura contrate uma consultoria para realização de estudos de modelagem matemática, que se conclui em, no máximo, quatro meses. "Este estudo dirá quais as consequências da obra e, enquanto, isso, a prefeitura convoque a Defesa Civil, para avaliar a área e, se for, preciso, interdite. Agora, não podemos liberar uma obra como está sem este estudo. O Ministério Público Federal já acionou a Adema solicitando informações sobre esta obra. Então, como iremos liberar sem o estudo? Pode ser que a modelagem matemática sugira uma obra mais simples", disse. 

Mais cedo, em entrevista, no programa “A Hora da Verdade”, ao radialista George Magalhães, na Megga FM, o secretário Eduardo Matos afirmou que após esperar 50 dias pela liberação do licenciamento para início das obras medidas emergenciais devem ser tomadas. “Ou a Adema autoriza a obra ou irei sugerir a interdição do trânsito, em um dos lados da avenida”, disse. “A força da água não dá para ser subestimada”, ressaltou ele, frisando que o “órgão ambiental do Estado tem que entender que é uma obra emergencial e autorizar o início dela”. Ele disse ainda que a liberação da obra ainda não foi dada por “questiúnculas políticas”, que “devem ser deixadas de lado”, diante da gravidade da situação.

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Foto: Portal Infonet

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