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Governo endurece contra greve de ônibus no Recife

Governo estadual disponibilizou 800 homens das polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança dos usuários do transporte público e evitar que os veículos sejam abandonados nas vias, como registrado desde o início da greve, que já dura cinco dias. O governador Eduardo Campos cobrou que as empresas regularizem a situação sob pena de incorrerem em multas ou até mesmo de perderem a concessão

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PE247 – Diante das dificuldades de negociações entre os rodoviários e a classe patronal, representada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), o Governo Estadual disponibilizou um contingente de 800 homens das polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança dos usuários de ônibus e evitar que os veículos sejam abandonados nas vias como registrado desde o início da greve, que já dura cinco dias. O governador Eduardo Campos, cobrou que as empresas regularizem a situação sob pena de incorrerem em multas ou até mesmo de perderem a concessão.

Campos também descartou reajustar novamente as tarifas, que foram reduzidas em R$ 0,10 após uma série de protestos por parte da população, e disse que a paralisação pode ser uma “dobradinha” entre sindicalistas e empresários para garantir não apenas o reajuste dos trabalhadores mas também um aumento tarifário.  

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Você acha que a gente vai entrar numa briga sindical clara para sentar com os empresários e depois eles fazerem uma dobradinha e colocarem o povo no córner? Eu não vou colocar o povo no córner. Eu vou garantir os direitos do povo”, declarou Campos, segundo o Jornal do Commercio.

Em paralelo, o Urbana-PE está contratando motoristas e cobradores dos seus bancos de reserva em substituição aos trabalhadores que aderiram à greve. Mesmo assim, a Oposição Rodoviária, dissidência do Sindicato dos Rodoviários, avisa que a frota será reduzida no Grande Recife, onde dois milhões de passageiros sofrem com a paralisação.

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O secretário das Cidades, Danilo Cabral, que também preside o Conselho Superior de Transporte Metropolitano, falou em nome do Estado. “Desde o início do movimento o Governo vem tentando construir um entendimento com os rodoviários, mas infelizmente isso não foi alcançado. Assim sendo estamos exigindo a normalização do serviço e, o descumprimento pode acarretar penalidades desde advertência até a perda da permissão da operação”, disse o dirigente, nesta quinta-feira (4), em entrevista coletiva.

Na última terça-feira (4), o Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT6), declarou a ilegalidade da greve. Porém, os rodoviários não aceitaram a proposta de reajuste salarial de 7% intermediado pela Justiça com base na inflação dos últimos 12 meses. Os trabalhadores pedem 33%, enquanto o patronato acenava com apenas 3% de reajuste. O tribunal determinou, também, que 80% da frota circulasse nos horários de pico e 50% nos outros horários, o que não foi cumprido.

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Como o TRT determinou a retomada imediata das atividades, o Procurador-Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, encaminhou um ofício ao governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), solicitando o cumprimento da decisão dos membros do Tribunal Regional do Trabalho que declarou o fim do movimento grevista dos trabalhadores no transporte rodoviário de passageiros.

O Governo do Estado entende que não deve intervir nas negociações, uma vez a greve é do “mundo privado”. Dessa forma, após a determinação da Justiça, o governador Eduardo Campos determinou à classe patronal a volta dos ônibus em circulação, nem que tivesse de contratar novos funcionários e foi o que aconteceu.

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Diante do impasse, a SDS, através da Polícia Militar de Pernambuco, vai reforçar o policiamento em todas as garagens e terminais a fim de garantir a saída dos ônibus e impedir manifestações que atrapalhem a circulação dos coletivos.

“Também vamos lançar policiamento nos principais corredores como Conde da Boa Vista, Agamenon Magalhães, Caxangá, PE-15 e Avenidas Norte e Sul, dentre outras com atendimento especial a ocorrências pontuais”, reforçou o Comandante Geral da PMPE, coronel Carlos Pereira.

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Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães, afirmou que a frota de ônibus será reduzida entre 8h e 17h, horário extra-pico. Já nos horários de pico, a determinação foi para que os ônibus circulassem normalmente. A categoria decidiu, nesta quinta-feira (4), aplicar a chamada “Tarifa Zero”, com o objetivo de fazer com que os ônibus voltassem às ruas, garantindo a passagem gratuita aos passageiros em protesto contra o governo e a classe patronal. As informações dão conta de que a medida não surtiu o efeito esperado, inicialmente, mas há vários grevistas pedindo mais adesões da medida por parte de motoristas e cobradores.

Além do reajuste salarial, os rodoviários pedem plano de saúde, vale alimentação de R$ 300 em vez de R$ 160, que não haja desconto salarial por conta dos dias parados e a readmissão dos motoristas e cobradores demitidos.

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