Grafites apagados por Doria reaparecem na 23 de Maio
Os grafites que foram cobertos por tinta cinza numa das primeiras ações do prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) estão reaparecendo na Avenida 23 de Maio, em São Paulo; a tinta está descascando; a prefeitura afirma que as tintas usadas foram doadas; o grafiteiro Mundano usou água e esponja para recuperar uma obra sua apagada por Doria; "Maquiagem sai com o tempo", afirmou
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Revista Fórum - Os grafites que foram cobertos por tinta cinza numa das primeiras ações do prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) estão reaparecendo na Avenida 23 de Maio, em São Paulo. A tinta está descascando.
Segundo o grafiteiro Mauro Neri, a tinta utilizada para apagar os grafites e pichações em São Paulo normalmente é composta por uma proporção maior de cal e menor de corante e aglutinante (cola), portanto sai mais facilmente. "As empresas de limpeza usam essa mistura porque ela vence em pouco tempo, para ganharem mais dinheiro apagando o grafite de novo", disse à Folha de S. Paulo.
A prefeitura afirma que as tintas usadas foram doadas. E que não foram dadas outras demãos porque os muros que abrigavam o maior mural a céu aberto da América Latina, agora, vão receber um jardim vertical.
O grafiteiro Mundano usou água e esponja para recuperar uma obra sua apagada por Doria, que trazia a frase: "São Paulo não é Miami". Sobre o reaparecimento dos grafites na 23 de Maio, Mundano declarou: "Maquiagem sai com o tempo".
Vale lembrar que pesquisa Datafolha, nos 90 dias de governo de Doria, mostrou a medida de apagar os grafites foi reprovada por 61% dos paulistanos.
A inspiração de Doria para cobrir com tinta os grafites da capital paulista é um projeto em Miami, uma espécie de um Grafitódromo para concentrar a arte.
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