João da Costa cria facção e amplia racha no PT
Depois das especulações de que poderia trocar o PT pelo PSB, o ex-prefeito do Recife, João da Costa, está organizando mais uma facção interna como forma de garantir apoio ao seu projeto de eleger-se deputado federal em 2014; a nova corrente, ainda sem nome definido, deverá trombar de frente com o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, que controlam os grupos majoritários Construindo um Novo Brasil (CNB) e Articulação de Esquerda (AE), respectivamente
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PE247 - A crise interna pela qual passa o PT em Pernambuco parece longe de acabar. Depois das especulações de que poderia trocar o PT pelo PSB, o ex-prefeito do Recife, João da Costa, está organizando mais uma facção interna como forma de garantir apoio ao seu projeto de eleger-se deputado federal em 2014. A nova corrente, ainda sem nome definido, deverá trombar de frente com o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, que controlam os grupos mais fortes dentro do PT pernambucano: Construindo um Novo Brasil (CNB) e Articulação de Esquerda (AE), respectivamente.
Os primeiros passos para a criação de mais uma corrente interna no PT estadual já foram dados por João da Costa nas últimas semanas. Até o momento duas reuniões, com cerca de 300 participantes, foram realizadas. A base foi montada em cima de integrantes do Orçamento Participativo (OP), cuja implementação foi feita por João da Costa na época em que ele foi secretário municipal durante a administração de João Paulo.
Embora afirme que não tenha intenção de comprar briga com as demais correntes, João da Costa parece saber que não terá vida fácil pela frente. “É tradição no PT ter grupos. Eu mesmo resisti muito em me alinhar a uma tendência, mas hoje percebo que existem pessoas querendo dialogar e o partido não dá espaço. Não existe mais reunião de filiados. Com essa nova tendência poderemos estar em sintonia com a sociedade”, disse o ex-prefeito João da Costa.
A fustigada nos demais grupos, entenda-se CNB e AE, bem como a criação de uma nova corrente deixa claro que João da Costa não esqueceu o tratamento recebido do próprio partido nas últimas eleições. Buscando à reeleição para o comando do Executivo da capital pernambucana, Costa submeteu-se a um processo de prévias internas – disputadas com o então deputado federal Mauricio Rands - que acabou em uma grande confusão. Insatisfeita com a possibilidade da reeleição de João da Costa e com a troca de farpas entre os integrantes da legenda, a direção nacional interviu e impôs uma chapa encabeçada por Humberto Costa e com João Paulo (maior desafeto do então gestor) como vice.
Emparedado, João da Costa foi acusado de não apoiar os candidatos escolhidos pela legenda e de fazer campanha para o adversário Geraldo Julio (PSB). A situação acabou por rachar o PT estadual e teve como resultado mais visível a perda do comando da capital pernambucana após doze anos de controle petista. Na época, o partido chegou a cogitar até mesmo a expulsão de João da Costa dos quadros do partido.
Agora, pelo visto, João da Costa ensaia os primeiros passos para dar o troco e fortalecer o seu projeto político de conquistar uma vaga na Câmara Federal.
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