Judoca Rafaela Silva é vítima de racismo da PM do RJ: “Achei que tinha pego na favela”
A campeã olímpica Rafaela Silva, que vem há anos representando o Brasil no judô, foi vítima, nesta quinta-feira (22), de uma abordagem racista da Polícia Militar do Rio de Janeiro; pelo Twitter, a judoca relatou que pegou um táxi no aeroporto para ir para sua casa, em Jacarepaguá, e que quando passava pela avenida Brasil, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro, avistou uma viatura da polícia, que deu ordens para o táxi parar e Rafaela descer; "Achei que tinha pego na favela", teria respondido o PM ao taxista, segundo a atleta
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Revista Fórum - A campeã olímpica Rafaela Silva, que vem há anos representando o Brasil no judô, foi vítima, nesta quinta-feira (22), de uma abordagem racista da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Pelo Twitter, a judoca relatou que pegou um táxi no aeroporto para ir para sua casa, em Jacarepaguá, e que quando passava pela avenida Brasil, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro, avistou uma viatura da polícia, que deu ordens para o táxi parar e Rafaela descer.
Segundo a atleta, um dos policiais, que estava armado, a abordou e perguntou "onde" ela trabalha. Rafaela, então, respondeu que era judoca e o policial só a liberou quando se deu conta de que ela era "aquela da Olimpíada". Já dentro do táxi, o taxista teria relatado que um dos policiais o perguntou onde ele teria parado para a pegar, ao que o homem respondeu que foi no aeroporto. "Ah, tá. Achei que tinha pego na favela", teria respondido o PM.
"Esse preconceito vai até onde?", escreveu Rafaela ao fim de seu relato.
Confira:
Chegando hoje no Rio de Janeiro, peguei um táxi pra chegar em casa! No meio da av Brasil um carro da polícia passar ao lado do táxi onde estou e os policiais não estava com uma cara muita simpática, até então ok
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Continuei mexendo no meu celular e sentada no Táxi, daqui a pouco ligaram a sirene e o taxista achou que eles queriam passagem, mas não foi o caso, eles queriam que o taxista encostasse o carro
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Quando o taxista encostou eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele outro pra minha cara e falou... trabalha aonde?
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Eu respondi... não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou... vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse... sim, e ele perguntou... mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Na mesma hora o policial baixou a cabeça entrou na viatura e foi embora! Quando entrei no carro novamente o taxista falou que o polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
E o taxista respondeu... essa é aquela de judo, peguei no aeroporto e o polícia falou... ah tá! Achei que tinha pego na favela.
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
Esse preconceito vai até aonde? 😰
— Rafaela Silva (@Rafaelasilvaa) 22 de fevereiro de 2018
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