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Kiss: Procuradora diz que embriaguez também causou mortes

A procuradora Mirela Marquezan, de Santa Maria (RS), causou revolta e indignação entre familiares de mortos e sobreviventes na tragédia da boate Kiss ao dizer, em uma decisão em que contesta na Justiça um pedido de indenização, que "o estado de sobriedade ou de embriaguez de cada um dos frequentadores do estabelecimento" fez diferença no desfecho

A procuradora Mirela Marquezan, de Santa Maria (RS), causou revolta e indignação entre familiares de mortos e sobreviventes na tragédia da boate Kiss ao dizer, em uma decisão em que contesta na Justiça um pedido de indenização, que "o estado de sobriedade ou de embriaguez de cada um dos frequentadores do estabelecimento" fez diferença no desfecho (Foto: Gisele Federicce)
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Rio Grande do Sul 247 - A procuradora de Santa Maria (RS) Mirela Marquezan gerou revolta e indignação entre familiares de mortos e sobreviventes do incêndio da boate Kiss com uma decisão em que contesta um pedido de indenização feito pela família de um dos jovens mortos na tragédia de 2013, que deixou 243 vítimas fatais.

Na decisão, ela culpou as vítimas por estarem bêbadas e por isso não terem conseguido deixar a boate a tempo com vida, como mostra reportagem da Folha de S.Paulo neste domingo.

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"Certamente diferentes fatores contribuíram para esta diferença de condutas e desfechos, sendo, um deles, o estado de sobriedade ou de embriaguez de cada um dos frequentadores do estabelecimento, fato que deve ser bem analisado em cada caso concreto", diz trecho de seu documento, publicado pelo advogado Luiz Fernando Scherer Smaniotto, que representa alguns familiares de vítimas.

"Apesar da comoção generalizada e luto coletivo ocorridos com a tragédia da boate Kiss, e mesmo podendo parecer insensível mencionar a possibilidade de ocorrência de culpa das próprias vítimas; não há como ignorar o fato de que diversas pessoas que estavam em frente ao palco, onde começou o incêndio, conseguiram sair do local; ao passo que outras tantas, que estavam muito mais próximas à porta de saída, não abandonaram o recinto", destaca ainda a procuradora.

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O presidente da AVTSM (Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria), Sérgio Silva, anunciou que entrará na Justiça contra a procuradora.

"O irmão de uma das vítimas do incêndio que vitimou 243 jovens e deixou mais de 600 sobreviventes com algum tipo de sequela física ou emocional em Santa Maria, entrou na justiça com um pedido de indenização. No entanto, o inesperado acontece, a prefeitura comandada pelo ex-prefeito e atual secretário de segurança pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, usa sandices como argumentos para se defender, alegando que um dos motivos da tragédia foi embriaguez dos jovens", comentou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ao compartilhar a notícia.

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"Quatro anos se passaram e nenhum agente público foi responsabilizado pela tragédia. Não bastasse tanta impunidade as famílias ainda são constrangidas com absurdos como ser processados por Promotores ou como o da reportagem a seguir", revoltou-se o parlamentar.

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