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Lindbergh: Anastasia editou 55 decretos de crédito suplementar

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou questão de ordem questionando o fato de Antonio Anastasia (PSDB-MG) ser o relator da comissão; segundo o petista, Anastasia não é um relator imparcial, pois é tucano e fez as mesmas manobras de que a presidente Dilma é acusada quando governou Minas Gerais; questão de ordem foi indeferida e causou tumulto na sessão; antes, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou o fato de ontem, durante a exposição de especialistas contrários ao impeachment, Anastasia ter se ausentado para escrever seu voto

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou questão de ordem questionando o fato de Antonio Anastasia (PSDB-MG) ser o relator da comissão; segundo o petista, Anastasia não é um relator imparcial, pois é tucano e fez as mesmas manobras de que a presidente Dilma é acusada quando governou Minas Gerais; questão de ordem foi indeferida e causou tumulto na sessão; antes, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou o fato de ontem, durante a exposição de especialistas contrários ao impeachment, Anastasia ter se ausentado para escrever seu voto (Foto: Gisele Federicce)
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Carolina Gonçalves e Mariana Jungmann - Repórteres da Agência Brasil

Uma questão de ordem apresentada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na Comissão Especial do Impeachment do Senado provocou tumulto e discussão logo após a abertura dos trabalhos desta quarta-feira (4). O senador comparou atos praticados pelo relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), no governo de Minas Gerais com as práticas que motivaram o pedido de impedimento da presidenta Dilma Rousseff.

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"Anastasia editou 55 decretos para abertura de crédito suplementar. A única diferença entre a presidenta Dilma e o relator é o número de decretos", afirmou. O senador petista informou que a lei orçamentária de Minas Gerais em 2011 limitava a 10% a parcela permitida para abertura desses créditos. Anastasia foi autor de uma proposta para ampliar o limitador para 18,5%. Segundo Lindbergh, os 55 decretos citados foram editados entre a proposta e a aprovação do novo limite.

O relator respondeu dizendo que respeita os motivos de Lindbergh para apresentar sua questão de ordem, mas esclareceu que a lei mineira é diferente da lei federal nesse aspecto. "A lei estadual mineira, ao contrário da lei federal, autorizou – e isso é uma lei antiga do estado –, permite que as alterações sejam feitas fora do limite", acrescentou.

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O fato de Anastasia também pertencer ao PSDB, partido que apoiou a representação contra Dilma, foi outro argumento para tentar afastá-lo da relatoria. Mais de cinco questões de ordem com o mesmo objetivo foram apresentadas por aliados do governo desde que a comissão foi instalada, no dia 26, com a aprovação do nome de Anastasia para a função. Todas foram negadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB). "Não há previsão em lei que impeça Anastasia de exercer a função", repetiu hoje Riamundo Lira.

Contrapondo os argumentos do petista, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) destacou que os senadores do PT têm fixação no relator. Ao citar o artigo 36 da Lei do Impeachment (1079/50), o senador defendeu que Anastasia preenche todas as condições morais e políticas para a função.

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Outros senadores também se queixaram da questão de ordem apresentada por Lindbergh por considerarem que não são as contas mineiras que estão em questão, mas sim as do governo federal. As discussões em torno de questionamentos apresentados pela base aliada já atrasa a leitura do parecer de Anastasia em mais de uma hora.

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