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Movimento da praia em BH vai para a Savassi

Grupo aproveita a revitalização do bairro e lança movimento Praia da Savassi na famosa praça da cidade. Com direito a faixas contra o prefeito Marcio Lacerda, mas sem apoio aos demais candidatos nas eleições de outubro

Movimento da praia em BH vai para a Savassi (Foto: Barnabe)
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Minas 247 - O grupo que passou a fazer parte da rotina nos sábados da Praça da Estação com a bem humorada Praia da Estação chegou à Savassi. Neste sábado, eles se concentraram na famosa praça Diogo de Vasconcelos, no coração da Savassi, equipados com cadeirinhas de praia e alguns vestidos à caráter, com sunga e maiôs.

Não faltaram também os gritos de guerra e as faixas contra o prefeito Marcio Lacerda (PSB). O grupo passou a protestar contra o prefeito depois que ele proibiu manifestações de qualquer ordem na Praça da Estação, região central de Belo Horizonte.

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Leia a matéria feita pelo blog NaSavassi

A luz do sol reflete na brisa de água expelida pela fonte, formando pequenos arco-íris no dia claro da capital. Os carros passam no entorno, expelindo cinzas, enquanto crianças correm entre os esguichos de água, enchem suas bexigas, passam tinta no rosto e brincam de pintar cartazes com adultos vestidos de laranja. Algumas bandeiras são levantadas e um estandarte pedindo “Fora Lacerda” ocupa o coração da nova Savassi.

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A Praia da Savassi, como foi chamada a ocupação das fontes adicionadas à arquitetura do bairro após a reforma, não foi a primeira manifestação do Movimento “Fora Lacerda”. Grupo articulado a partir de uma série de uma de descontentamentos com a atual administração da cidade, o grupo já realizou a ocupação da Praça da Estação, após  um decreto municipal em 2009 que proibiu a realização de eventos de qualquer natureza no local.

De lá pra cá, foram organizadas outras ações como a Praça Livre, o apoio ao grupo “Salve a Rua Musas”, além de passeatas pela cidade. No sábado (7), a Savassi foi o bairro escolhido para o lançamento do jornal “Movimenta BH”, primeiro impresso distribuído pelo grupo.

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O Movimenta BH quer atingir um público maior, com o lançamento do jornal. “As pessoas que nos acompanham geralmente sabem das ações pelas redes sociais,” diz a estudante de Licenciatura em Educação no Campo, Gabriela Santos, de 26 anos. O grupo se diz suprapartidário e garante que não vai apoiar qualquer candidato nas próximas eleições municipais. “Movimenta’ não surge só para fiscalizar as ações do prefeito, mas também para servir de denúncia ao que acontece na cidade,” explica a estudante.

Sobre a escolha da Savassi para o lançamento da iniciativa, Gabriela diz que, além da proximidade com a área central, o evento também foi pensado no sentido de ocupar um espaço público recém-inaugurado.

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À exceção de um pequeno desentendimento com os fiscais da Prefeitura quanto a colocação de uma faixa, a manifestação transcorreu sem maiores problemas. A fonte chegou a ser desligada em certo momento pelos funcionários da PBH, mas foi religada pouco tempo depois. O clima sem tumultos foi um dos fatores que levaram a ativista Ângela Guerra, 33 anos, a trazer o filho Bernardo Guerra e os sobrinhos Leonardo e Luísa Camelo para o evento. “Acompanho o movimento desde o ano passado, a partir da Praia da Estação. Sempre que dá, levo as crianças às manifestações, explico do que se trata. Na minha perspectiva, é a maneira mais ampla de promover a educação do questionamento,” ressalta. “O contexto político hoje em dia é complicado porque as parcerias partidárias perderam muito do ideológico e foram para o lado de ‘ganhar a qualquer preço’, de ocupar os cargos de poder ao invés de representar a população”.

Sentada em um dos bancos da nova praça, a aposentada Conceição Benevides, 68 anos, se interessou muito pelo evento. Ela, que morou durante muitos anos no bairro e só saiu recentemente e diz que “deixou a Savassi, mas a Savassi não a deixou”. Todos os sábados, ela arranja um tempo para caminhar pelo local e observar os transeuntes. Nesse sábado, ela se deparou com a Praia da Savassi. “Olha, acho bom desde que não bagunce. A cidade tá aí pra ser usada mesmo,” diz. “Eu sempre digo que o Brasil é o único país do mundo onde não se pode pisar na grama. Grama foi feita pra ser pisada, da mesma forma que a população tem o direito de contestar, desde que haja respeito”.

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Conceição diz não conhecer o “Fora Lacerda” até as manifestações na praça. “Seria muito leviano da minha parte dizer que concordo com o que eles estão dizendo sem entender do que se trata, mas recebi o jornalzinho e dei uma olhada nos pontos que eles criticam. Do que eu li, eu gostei,” diz. “Procuro não me envolver muito nesse assunto porque a política anda muito suja, mas acho válido”.

Entretanto, o evento não teve aprovação unânime. Vários moradores que transitavam no local soltavam interjeições de indignação com a situação. No Twitter, alguns usuários também se manifestaram a respeito. O usuário @Faelvinicius se manifestou: “Galera tá Orkutizando a Savassi”. A opinião é compartilhada pela @sammn, que postou: “Fica marcano (sic) praia na Savassi e vem sujar as ruas do meu bairro”.

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