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Oposição chama ex-presidente da Funai para explicar crise na instituição

Exonerado pelo governo Temer, o ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Fernandes Toninho Costa, será chamado pelo líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), para explicar, na Comissão de Direitos Humanos da Casa, o grave teor das acusações que fez contra o governo; Toninho Costa afirmou, publicamente, que sua saída ocorria porque ele era "honesto e não concordava com o malfeito" e porque foi pressionado a contratar pessoas sem a devida qualificação técnica

Exonerado pelo governo Temer, o ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Fernandes Toninho Costa, será chamado pelo líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), para explicar, na Comissão de Direitos Humanos da Casa, o grave teor das acusações que fez contra o governo; Toninho Costa afirmou, publicamente, que sua saída ocorria porque ele era "honesto e não concordava com o malfeito" e porque foi pressionado a contratar pessoas sem a devida qualificação técnica (Foto: Paulo Emílio)
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Pernambuco 247 - Após ter sido demitido por Michel Temer (PMDB), o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Fernandes Toninho Costa, será chamado pelo líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), para explicar, na Comissão de Direitos Humanos da Casa, o grave teor das acusações que fez contra o governo. O anúncio foi feito pelo parlamentar nesta segunda-feira (8), em discurso no plenário da Casa.

Na última sexta-feira, depois de ter tomado conhecimento da própria demissão pelo Diário Oficial, Toninho Costa afirmou, publicamente, que a sua saída do posto máximo da Funai ocorria porque ele era "honesto e não concordava com o malfeito" e porque foi pressionado a contratar pessoas sem a devida qualificação técnica.

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Humberto, crítico do intenso e acelerado desmonte das políticas indígenas por parte do governo, considerou extremamente graves as declarações dadas por Toninho. A ONU, também na semana passada, criticou duramente o Brasil pela falta de compromisso com os povos originários.

As denúncias da ONU e de Toninho Costa vão exatamente na mesma linha das feitas por Humberto ao longo das últimas semanas. Para o líder da Oposição, a sequência de desmandos e descaso do Palácio do Planalto e do Ministério da Justiça, "chefiado por um pau mandato dos latifundiários", com as políticas indígenas é absurda.

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"Pois vem do presidente da Funai, exatamente, a informação de que foi demitido porque não admitia cometer malfeitos na presidência da Fundação. Porque não aceitou ingerência política. Saiu, segundo ele, porque era honesto, em contraponto a esse governo dissoluto, em que o próprio ministro da Justiça chama de 'grande chefe' o maior líder de uma organização criminosa", afirmou.

O senador reiterou que o governo, sustentado por ruralistas, parou os processos de demarcação de terras país afora e deu início ao desmonte da Funai, tendo cortado mais de 340 cargos de uma estrutura já precária e retirado mais de 40% do seu orçamento. No seu entendimento, o governo vem asfixiando anos de conquistas, num violento retrocesso que expõe os índios às ações de criminosos.

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"Toda a máquina governista opera para atacar os nossos índios. Não bastasse o ministro da Justiça - Osmar Serraglio (PMDB-PR) - se portar como capacho da bancada ruralista que ele representa, assistimos à vergonhosa CPI da Funai montada pelos governistas na Câmara dos Deputados produzir um dos maiores descalabros já vistos neste parlamento", detonou.

Um relatório final, que deve ser votado esta semana, pede o indiciamento de 103 pessoas, muitas das quais ativistas extremamente ligados à defesa dos direitos indígenas e absolutamente nenhum produtor rural.

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"E de quem é essa aberração? Quem produziu esse relatório canalha? O deputado Nilson Leitão, do PSDB. Ruralista e escravocrata, foi ele que apresentou um projeto de lei para que os trabalhadores rurais deixem de receber salário e possam ser pagos com mercadorias, como se vivêssemos num regime de servidão", reiterou.

De acordo com Humberto, os conflitos no campo aumentaram de forma recorde no governo Temer e o último grande ato de demarcação no Brasil, uma das causas da violência rural, foi feito pela então presidenta Dilma Rousseff. O ato ocorreu em favor dos índios do Mato Grosso. "Mas, até hoje, nada foi demarcado, nada seguiu em frente. Por isso, nós precisamos, urgentemente, salvar nossos índios desses massacres que se avizinham", disse.

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*Com informações da assessoria de Imprensa

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