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Para PT, propaganda do PSB "não tem consistência"

A veiculação da propaganda partidária do PSB com uma série de críticas veladas à administração do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), fez com que a cúpula da legenda em Pernambuco saísse em defesa da gestão petista e taxasse a peça, levada ao ar na noite desta quinta-feira (25)  como "vazia" e "sem consistência";  Já o líder do PSB na Câmara e um dos principais articuladores de Campos, Beto Albuquerque (RS), disse que “só os extremamente governistas não gostaram. Quem governa tem que entender que sempre tem que fazer mais”

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Paulo Emílio e Leonardo Lucena_PE247 Parlamentares pernambucanos saíram em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) após a veiculação da inserção partidária do PSB, onde apontam que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República, teria atacado indiretamente a chefe do Executivo federal. Parlamentares como o deputado federal e presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, e o senador Humberto Costa, dizem não ver coerência na postura de Campos. Segundo Pedro Eugênio, o governador está fazendo “propaganda eleitoral fora de época” e apresenta um discurso “vazio” e “sem consistência”. Já o líder do PSB na Câmara e um dos principais articuladores de Campos, Beto Albuquerque (RS), diz que “só os extremamente governistas não gostaram. Quem governa tem que entender que sempre tem que fazer mais”, observou.

De acordo com o deputado Pedro Eugênio, a presidente Dilma está dando continuidade a um patrimônio conjunto de avanços, algo que vem desde o Governo Lula. “Política habitacional não existia no país desde a Ditadura (1964-85). Hoje, nós temos, com o Minha Casa Minha Vida. Isso é parte dessa nova realidade”, disse. O petista destacou a gestão do PT na área da educação nos últimos dez anos: “Tivemos a interiorização da educação com mais de 200 escolas técnicas”, exemplificou. Para o congressista, Campos apresenta um discurso “vazio”.

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Eugênio também condenou a critica contida na peça publicitária do PSB referente à necessidade de revisar o pacto federativo, garantindo maior autonomia aos estados e municípios, o que seria possível com o aumento de repasses e a descentralização dos recursos hoje concentrados nas mãos da União. Segundo Eugênio, não se pode jogar toda a responsabilidade em cima o Governo Federal.

“Estamos em crise, enfrentando dificuldades, mas, apesar disso, o Brasil continua crescendo, aumentando a taxa de emprego com carteira assinada e a inflação sob controle”, declarou. “O governo (do PT) fez investimentos que não estavam sendo feitos em importantes obras, como a ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco”, acrescentou.

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Eugênio lembrou que o Governo Federal foi responsável por impulsionar em grande parte o bom desempenho da gestão de Campos em Pernambuco e usou o Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado em Ipojuca, Grande Recife, como exemplo. “Quem mais colocou recursos em Suape foi a União”, observou. Para ele, ”a discussão do pacto é importante, mas tem de ser feita de forma mais ampla”. O Porto de Suape é uma das maiores vitrines empregadas pelo PSB para destacar o sucesso da gestão socialista.

Já o senador Humberto Costa, que depois de ser derrotado nas eleições do ano passado, quando o governador lançou candidato (o atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio) se reaproximou de Campos, foi mais cauteloso. “Qualquer governo tem pontos positivos e pontos negativos. Essa discussão deveria ser debatida internamente. A presidente Dilma nunca deixou de acatar sugestões”, afirmou.

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Apesar de Campos se movimentar rumo ao seu projeto presidencial 2014, tendo sucessivos encontros com empresários e lideranças políticas do Congresso Nacional o PSB, oficialmente, ainda é aliado do Partido dos Trabalhadores na esfera federal. No entendimento do senador, os socialistas também compartilham as dificuldades que o Brasil enfrenta. “Estamos (PT e PSB) no processo desde 2003. Os problemas são de todos nós”, complementou.

Já um dos principais interlocutores de Campos, o deputado Beto Albuquerque, condenou o entendimento tomado pelo PT. “Só os extremamente governistas não gostaram. Não tem crítica alguma. Tem sim a mensagem de que é possível avançar mais. Existem problemas em várias áreas que podemos avançar, como na saúde, segurança e educação, como mostramos com exemplos no nosso programa. Não é possível que não se possa entender isso”, afirmou. Albuquerque também disse que o PSB não pensa, pelo menos no momento, em se desvincular da base governista, independentemente das críticas quanto ao programa partidário ou em torno das movimentações nacionais de Eduardo Campos.

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Porém, em reserva, uma fonte ligada ao partido informou ao PE247 que o PSB não espera que haja algum tipo de retaliação por parte do Planalto, mas que caso isso venha a ocorrer a legenda não poderá ser responsabilizada por um eventual rompimento da aliança histórica entre os dois partidos. “Não é o que queremos e muito menos acreditamos nesta possibilidade. Sempre fomos aliados do PT. Não pensamos em rompimento. Pensamos em palanques. Se quiserem encarar assim, paciência. Mas nós não temos intenção de romper com ninguém”, disse o interlocutor.

 

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