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Patrimônio de ministro do Meio Ambiente aumentou seis vezes quando esteve no governo Alckmin

Em março de 2013, o tucano nomeou Salles como seu secretário particular. E em julho de 2016, passou a ser o secretário estadual de Meio Ambiente. O período coincide com a multiplicação por seis de seu patrimônio. Passou de R$ 1.456.173,56, em 2012, para R$ 8.859.414,45 em 2018, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um crescimento na ordem de 500%; reportagem de Cida de Oliveira, da RBA

Patrimônio de ministro do Meio Ambiente aumentou seis vezes quando esteve no governo Alckmin (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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Por Cida de Oliveira, da Rede Brasil Atual O ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Salles (Novo), viveu seu período mais próspero a partir da entrada no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Em março de 2013, o tucano nomeou Salles como seu secretário particular. E em julho de 2016, passou a ser o secretário estadual de Meio Ambiente. O período coincide com a multiplicação por seis de seu patrimônio. Passou de R$ 1.456.173,56, em 2012, para R$ 8.859.414,45 em 2018, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um crescimento na ordem de 500%.

Em 2006, quando se candidatou pela primeira vez a deputado federal (PFL-SP), o fundador do movimento Endireita Brasil e ligado aos ruralistas declarou patrimônio de R$ 219.336,46.Tinha conta corrente em dois bancos, um carro popular, aplicação em renda fixa, ações da Telebras e metade de um apartamento.

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Quem são os principais financiadores de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Como não conseguiu votos suficientes à Câmara, quatro anos depois tentou uma vaga na Assembleia Legislativa paulista pelo DEM, mas foi novamente reprovado nas urnas. O valor total dos bens declarados em 2010 foi de R$ 2.328.000. Entre os bens, dois carros de luxo, um apartamento no valor de R$ 1.100.000 e outro de R$ 470.000, além de investimentos que podem ser conferidos no quadro no final da reportagem.

Em 2012 chegou a se candidatar ao cargo de vereador na capital paulista pelo PSDB. Declarou bens no valor de R$ 1.456.173,56. O empobrecimento é um dos impactos de sua separação. Apesar disso, tinha um veículo off road de R$ 120.000, uma motocicleta de R$ 38.000, a parte de um apartamento e aplicações somando mais de R$ 1 milhão. No entanto, ele desistiu da candidatura. Meses depois, foi nomeado para o posto de secretário particular do então governador de São Paulo. Ficou no posto até novembro de 2014, quando pediu para sair.

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Pensão alimentícia
Como secretário particular do governador, teve problemas com a Justiça. Em agosto de 2014 devia R$ 28.288, valor referente à pensão alimentícia que não foi paga ao casal de filhos pequenos. Ele tentou negociar a redução do valor, de R$ 8.000 para R$ 5.000, alegando ganhar apenas R$ 16.868 no posto no Palácio dos Bandeirantes. Apesar do pedido de prisão, do qual se livrou, só quitou a dívida com os filhos em dezembro daquele mesmo ano. Clique aqui para acessar mais informações.

Em fevereiro de 2015, Salles já estava trabalhando como advogado na Bueno Netto, grande empresa do setor imobiliário. O atual ministro não era um advogado atuante e a última vez que havia protocolado uma ação havia sido em 2012. Em julho, porém, foi promovido, ganhando plenos poderes para advogar em nome da Bueno Netto. O período coincide com a compra de um barco de luxo, cuja imagem compartilhou com amigos no Facebook.

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Em julho de 2016 voltou a trabalhar para o governo paulista, desta vez no cargo de secretário estadual do Meio Ambiente. Ao longo dos 13 meses que comandou a pasta, adotou políticas polêmicas, como tentar vender áreas de proteção ambiental e florestais. Também mandou retirar de um parque estadual uma estátua em homenagem a Carlos Lamarca – atitude pela qual responde a processo por danos ao erário.

Ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro tentou vender 34 florestas de SP
Também interferiu no plano de manejo da Área de Proteção Ambiental Várzea do Tietê, adulterando mapas e até a minuta de decreto para beneficiar empresários, o setor da mineração e a Fiesp. Por isso foi indiciado, processado e condenado pela Justiça paulista. A condenação inclui a perda de direitos políticos por três anos, o que torna sua posição à frente do Ministério do Meio Ambiente inconstitucional segundo jurista.

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Salles ainda tomou medidas que visavam a venda ao setor privado de prédios públicos que abrigavam institutos estaduais, como o Geológico. Depois de muito desgaste para o governo Alckmin, Salles foi exonerado em agosto de 2017.

Ao candidatar-se novamente a deputado federal em 2018, pelo Novo, mais uma vez não conseguiu votos suficientes. Acabou ficando como suplente. Ao TSE, declarou bens totalizando R$ 8.859.414,45, o que inclui dois apartamentos no valor de R$ 3.000.000, ações, mútuos de privatização e investimentos em empresas emergentes e um iate de R$ 500.000, provavelmente o que ostentou nas redes sociais.

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À imprensa, Salles afirmou que seu patrimônio é declarado e fruto de seu trabalho exercendo a advocacia.

 

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