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Paulo Bernardo: prisão foi para constranger

Ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deixou ontem (29) a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso desde a última quinta-feira (23); ele disse a jornalistas que é inocente e que estava “constrangido”: “Acho que essa prisão não era necessária porque eu estava em local determinado, absolutamente encontrável, me coloquei à disposição da Justiça várias vezes. Mandei petições para o juiz, Ministério Público e advogados me colocando à disposição para depor e, durante dez meses, não fui chamado. Portanto, não vi nenhum motivo para isso [para a prisão]. Felizmente o ministro Toffoli, do Supremo, teve o mesmo entendimento”

Ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deixou ontem (29) a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso desde a última quinta-feira (23); ele disse a jornalistas que é inocente e que estava “constrangido”: “Acho que essa prisão não era necessária porque eu estava em local determinado, absolutamente encontrável, me coloquei à disposição da Justiça várias vezes. Mandei petições para o juiz, Ministério Público e advogados me colocando à disposição para depor e, durante dez meses, não fui chamado. Portanto, não vi nenhum motivo para isso [para a prisão]. Felizmente o ministro Toffoli, do Supremo, teve o mesmo entendimento” (Foto: Roberta Namour)
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Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil

O ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deixou ontem (29), por volta de 22h30, a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso desde a última quinta-feira (23).

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Ao sair, o ex-ministro deu uma entrevista em que disse considerar sua prisão não foi necessária. Paulo Bernardo disse a jornalistas que é inocente e que estava “constrangido”. “Acho que foi para isso que eu vim para cá”, disse. “Quero dizer que sou inocente. Isso vai ficar demonstrado. Acho que essa prisão não era necessária porque eu estava em local determinado, absolutamente encontrável, me coloquei à disposição da Justiça várias vezes. Mandei petições para o juiz, Ministério Público e advogados me colocando à disposição para depor e, durante dez meses, não fui chamado. Portanto, não vi nenhum motivo para isso [para a prisão]. Felizmente o ministro Toffoli, do Supremo, teve o mesmo entendimento”, disse.

De acordo com a investigação, o ex-ministro recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.

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Os serviços da Consist Software, contratada para gerir o crédito consignado de servidores públicos federais, eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que solicitavam o empréstimo. Desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada até chegar aos destinatários, entre eles o ex-ministro.

Manipulação

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Em entrevista hoje o ex-ministro negou que tenha recebido recursos para despesas pessoais. “Isso não procede. Não tem o menor cabimento. Minhas despesas pessoais são pagas com meu salário. Me parece que as acusações são todas baseadas nas delações do senhor Alexandre Romano e, em parte, no meu caso, do senador Delcídio do Amaral que disse uma série de generalidades”, disse. “Com certeza vai haver discussão sobre essas delações. Me parece que houve muita manipulação nisso aí”.

Paulo Bernardo disse ainda que o Ministério do Planejamento não tem nenhum contrato com a Consist. “A Consist foi contratada pela associação de bancos e pelo Sindicato das Entidades de Previdência Complementar, portanto, esse contrato é estranho. Não tem nada a ver com o Ministério do Planejamento. Em nenhum momento houve contrato entre o [Ministério do] Planejamento e a Consist”, disse. “Quem quiser esclarecer isso deve falar com os bancos e com essas entidades. Como é que foram esses contratos? Não temos a menor ideia porque não foram contratados pelo Ministério do Planejamento”, disse.

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Outros libertados

Além de Paulo Bernardo, deixaram também a sede da Polícia Federal na noite de hoje o advogado Guilherme de Salles Gonçalves, Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova, Dércio Guedes de Souza, Emanuel Dantas do Nascimento, Washington Luis Viana e Valter Correia da Silva, ex-secretário municipal de Gestão de São Paulo. Já o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que cumpre pena a que foi condenado na Operação Lava Jato pelo juiz Sergio Moro, o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e Nelson Luiz Oliveira Freitas, permanecerão presos.

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O advogado Pedro Fernandes, que defende Joaquim e Emanuel, sócios da Consulcred, disse que seus clientes foram “envolvidos nesse processo indevidamente”. Segundo ele, a Consulcred prestava serviços à Consist. “É claro que não teve desvios de recursos. Se tivesse desvio de recursos, ninguém teria sido solto”, dissse o advogado. “Eles não tiveram quaisquer participação com propinas. Eles prestaram um serviço legítimo, legal, e isso foi reconhecido pela Justiça”. Segundo o advogado, seus clientes não tinham nenhum contato com o ex-ministro.

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