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PF investiga trabalho escravo em Alagoas

O delegado da Polícia Federal (PF), André Costa, convocou a imprensa para informar que oito inquéritos foram instaurados a fim de investigar trabalho escravo em Alagoas; de acordo com o delegado, os oito procedimentos investigativos envolvem de 20 a 50 trabalhadores e os lugares onde a "escravidão" é grande são usinas e mineradoras; os casos aconteceram nos municípios de Joaquim Gomes, Rio Largo, Penedo e União dos Palmares; o crime é de condições análogas à escravidão e tem pena de reclusão de dois a oito anos; o tempo pode ser aumentado se envolver menores ou tiver motivação por preconceito

O delegado da Polícia Federal (PF), André Costa, convocou a imprensa para informar que oito inquéritos foram instaurados a fim de investigar trabalho escravo em Alagoas; de acordo com o delegado, os oito procedimentos investigativos envolvem de 20 a 50 trabalhadores e os lugares onde a "escravidão" é grande são usinas e mineradoras; os casos aconteceram nos municípios de Joaquim Gomes, Rio Largo, Penedo e União dos Palmares; o crime é de condições análogas à escravidão e tem pena de reclusão de dois a oito anos; o tempo pode ser aumentado se envolver menores ou tiver motivação por preconceito (Foto: Leonardo Lucena)
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Larissa Bastos e Jobison Barros, Gazetaweb - O delegado da Polícia Federal (PF), André Costa, convocou a imprensa, na manhã desta quarta-feira (27), para informar que oito inquéritos foram instaurados a fim de investigar trabalho escravo em Alagoas. A coletiva também serviu para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil, a ser comemorado nesta quinta-feira (28). 

De acordo com o delegado, os oito procedimentos investigativos envolvem de 20 a 50 trabalhadores e os lugares onde a "escravidão" é grande são usinas e mineradoras. Os casos aconteceram nos municípios de Joaquim Gomes, Rio Largo, Penedo e União dos Palmares. O crime é de condições análogas à escravidão e tem pena de reclusão de dois a oito anos. O tempo pode ser aumentado se envolver menores ou tiver motivação por preconceito. 

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"Em Alagoas, são comuns locais com estrutura degradante, ausência de condições sanitárias, não fornecimento de alimento, sequer água, e também a privação de um lugar de descanso. Muitas vezes o trabalhador não tem nem onde dormir", informou o delegado. 

Segundo ele, outros fatores que definem o crime são a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e uma jornada de trabalho não especificada, obrigando o trabalhador a continuar no serviço até terminar determinada atividade.

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Acontece também, conforme explica o delegado, de os empregadores serem os únicos fornecedores de alimentação e insumos para os trabalhadores, gerando uma dívida, além de reterem os documentos. 

"O trabalhador não é trancafiado, mas todos os seus documentos são retidos, então como o trabalhador vai sair para pegar um ônibus, por exemplo? Também acontece de o empregador fornecer alimentação, material de higiene pessoal e colocar o valor que ele quiser, ultrapassando o salário e gerando uma dívida que deixa o trabalhador preso a ele. É tudo feito de uma maneira mais sutil, mas são condições análogas à escravidão", reforçou André Costa. 

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As fiscalizações geralmente são feitas com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o crime deve ser sempre reportado à Polícia Federal. Nos casos de mineradores, geralmente tem a participação do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já que a atividade acontece sem autorização quase sempre. 

O delegado disse, porém, que a incidência de trabalho escravo em Alagoas não é tão grande. Os estados com mais casos são Minas gerais, Pará, Goiás, são Paulo e Tocantins. Qualquer pessoa pode denunciar o crime, inclusive o trabalhador ou a família. Basta entrar em contato com a PF através do telefone 3216-6700. 

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