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Planalto faz operação para trocar Marin por Ronaldo

Governo Dilma teme que a participação de José Maria Marin, acusado de colaborar com a ditadura militar, prejudique a imagem da Copa de 2014 e tenta emplacar o Fenômeno no Comitê Organizador Local; Fifa, no entanto, reage mal à tentativa de interferência do governo no Mundial; investida do governo visa também tomar o controle da CBF, onde Andrés Sanchez, do Corinthians, assumiria o comando, na eleição de abril, que tem Marco Polo del Nero como favorito

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247 - Uma articulação conduzida pelo Palácio do Planalto tem potencial para tornar mais delicada a organização da Copa do Mundo de 2014. O objeto é ejetar José Maria Marin, acusado de colaborar com a ditadura militar, do comando do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial. No governo Dilma, teme-se que a imagem de Marin prejudique o evento e Ronaldo Fenômeno é visto como o melhor nome nome para substituí-lo. A linha dessa articulação foi dada na coluna de Ilimar Franco, do Globo:

O Fenômeno na cabeça - ILIMAR FRANCO

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Depois das rusgas, o governo Dilma e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, uniram forças para derrubar o presidente da CBF, José Maria Marin, do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014. A imagem de Marin pode afetar o sucesso da Copa. Eles já têm até candidato para o lugar: o ex-jogador Ronaldo, o Fenômeno, que tem carisma e uma imagem internacional positiva.

A nota, no entanto, está apenas parcialmente correta. O Planalto não tem o apoio irrestrito da Fifa, porque a entidade que comanda o futebol mundial se considera acima dos governos e detesta qualquer tipo de interferência nas confederações de cada país. No que depender da Fifa, caberá à CBF conduzir a organização do mundial. Com eleição marcada para abril, a CBF tentará emplacar o cartola paulista Marco Polo del Nero, aliado de Ricardo Teixeira, no lugar de Marin. E seria ele, Del Nero, quem estaria à frente da Copa de 2014.

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Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo desta sexta-feira, Ronaldo falou sobre sua movimentação política e disse que apoiará o corintiano Andrés Sanchez na eleição da CBF em abril. Mas, nessa guerra política, mesmo que tenha o apoio do Planalto, Ronaldo não conta com o suporte das federações regionais. De todo modo, ele terá o apoio do governo para tentar encerrar a era Ricardo Teixeira no futebol brasileiro.

Leia, abaixo, trechos da entrevista de Ronaldo ao Estadão:

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Sobre morar em Londres, a partir de terça-feira

Vou, em primeiro lugar, estudar inglês porque o meu é bem medíocre. Depois quero trabalhar. A gente já tem o grupo WPP como sócio aqui na 9ine, e vou me infiltrar em alguma empresa e trabalhar estagiando. Quero aprender mais sobre publicidade, business, esporte. Eles têm uma agência de esporte lá também que é muito boa.

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Sobre negociar uma posição na Fifa

Tenho o desejo de continuar, porque já estou nessa carreira, digamos, política do futebol. Já está engatada. Então, quero continuar e entrar em bons projetos. Tenho de me preparar bem para poder exercer uma função importante.

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Chance de o Itaquerão não ficar pronto para a Copa

Não, nenhuma chance. Como São Paulo ficaria fora da Copa do Mundo? A negociação entre Corinthians, quem está fazendo o financiamento e a empreiteira terá alguma dificuldade natural, mas o estádio do Corinthians também está no tempo de construção.

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Pretensão de seguir carreira política

Não existe a possibilidade nem a vontade no momento. Mas eu não sei o dia de amanhã. Na última viagem a Brasília, o ministro Aldo Rebelo, do Esporte, conversando comigo, falou que tenho qualidades para ser um ótimo político. Tenho outra missão. Quero fazer a politicagem dentro do esporte, porque acho que o futebol tem muito o que melhorar. Seria um desafio incrível também entrar na política.

Opinião sobre o movimento do deputado Romário para tirar Marin da CBF

Temos de esperar antes de dar qualquer opinião. Eu, principalmente pela minha posição, tenho de ser muito claro e ter minha opinião muito bem formada por meio de fatos. Há coisas muito importantes acontecendo e ele está há muito pouco tempo na CBF. Não sei da vida dele no passado. O que eu tenho lido realmente parece ser muito grave. Só que temos de esperar para ver se não é especulação, parece que é muita acusação sem fundamento... Tenho de esperar para ter uma opinião mais clara e mais direta sobre o assunto.

Apoia o Andrés Sanchez?

Eu apoio o Andrés, lógico. Ele é um grande amigo, um cara que na minha passagem pelo Corinthians foi muito correto. Participei diretamente da gestão dele. É alguém em quem confio, e se ele se candidatar, realmente eu vou apoiá-lo.

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