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Por que as ações da Petrobras estão subindo mesmo com o anúncio de corte de preços?

Tido antes como uma das grandes responsáveis pelo cenário de crise que a Petrobras (PETR3;PETR4) enfrenta, a política de preços dos combustíveis pela companhia não causou efeito negativo para os papéis na Bovespa nesta sexta-feira, ainda mais levando em conta que se tratou de uma redução dos preços. Pelo contrário

Tido antes como uma das grandes responsáveis pelo cenário de crise que a Petrobras (PETR3;PETR4) enfrenta, a política de preços dos combustíveis pela companhia não causou efeito negativo para os papéis na Bovespa nesta sexta-feira, ainda mais levando em conta que se tratou de uma redução dos preços. Pelo contrário (Foto: Gisele Federicce)
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Do Infomoney - Tido antes como uma das grandes responsáveis pelo cenário de crise que a Petrobras (PETR3;PETR4) enfrenta, a política de preços dos combustíveis pela companhia não causou efeito negativo para os papéis na Bovespa nesta sexta-feira, ainda mais levando em conta que se tratou de uma redução dos preços. Pelo contrário, os papéis PETR3 registram ganhos de 2,23%, a R$ 17,89, e os papéis PETR4 tinham alta de 2,92%, a R$ 16,22, impulsionando os ganhos do Ibovespa, que subia 1,24% às 11h09 (horário de Brasília).

Mas por que desta vez o anúncio da Petrobras, de uma queda de 3,2% no preço da gasolina e de 2,5% do diesel nas refinarias não causou um impacto negativo nos papéis.

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De acordo com o BTG Pactual, no geral, a notícia é positiva para a Petrobras. "Se por um lado a diminuição de preços afeta o receita líquida da empresa, a previsibilidade na precificação de combustíveis diminui bem o risco do negócio e aumenta as chances de sucesso nas parcerias no refino, que fazem parte do plano de desinvestimento de 2017-2018", destacam os analistas, que apontam que a ação deve performar bem hoje.

A companhia informou que a política de preços a ser praticada pela empresa terá quatro princípios: i) o preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias; ii) uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobre estadias em portos e lucro, além de tributos; iii) nível de participação no mercado e iv) preços nunca abaixo da paridade internacional. Confira mais clicando aqui.

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O UBS também aponta que, mesmo com a perda de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de curto prazo - a expectativa é de um impacto de US$ 300 milhões no quarto trimestre - devido aos cortes de preço, a divulgação da fórmula é positiva. "A visibilidade mais clara sobre política de preços gera atratividade do negócio de refino no Brasil, ajudando a empresa a encontrar novos parceiros no segmento", destacam os analistas do banco. A equipe de análise também aponta que, dada a restrição de capacidade de importação no Brasil, os níveis de importação já estão no ponto mais alto, de modo que a empresa não iria perder muito mais quota de mercado no curto prazo.

A transparência é um dos pontos de destaque para ter impulsionado os papéis. Conforme destaca o analista Raphael Figueiredo, da Clear Corretora, a comunicação da notícia com "seriedade, sem vazar informação, sem gerar movimento especulativo ou estresse" é uma forma de "mostrar que eles querem ser transparentes, melhorar a comunicação com o mercado". Deixar claro ainda que os preços não ficarão abaixo da paridade internacional também é positivo para os papéis.

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A melhor comunicação da estatal também se estende em meio à fala do CEO Pedro Parente, que afirmou que as motivações para a revisão dos preços dos combustíveis foram empresariais, afastando qualquer interferência política na decisão. Ele disse ter informado ao presidente da República, Michel Temer, que uma política de preços estava sendo elaborada, mas que não foi indicado ao governo se os preços deveriam cair ou aumentar e em quanto.

"Não entendo que possa ser visto que tenha outro objetivo (a queda dos preços anunciada nesta sexta) que não os interesses da empresa. A confiança (do mercado) virá com a prática consistente, ao longo do tempo", afirmou o presidente da estatal.

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Ele descartou a adoção de fórmulas paramétricas, que permitiriam ao mercado prever os preços praticados pela companhia. "(Adotar uma) Fórmula paramétrica e determinística não é a melhor maneira da empresa operar. O mercado é dinâmico", argumentou. A expectativa é que a divulgação de um relatório a cada 60 dias com avaliações da política de preços vai ajudar a tornar o processo transparente ao mercado. Os preços serão avaliados mensalmente por um comitê, batizado de Grupo Executivo de Mercado e Preços.

(Com Agência Estado)

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