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Porto Alegre: a capital da democracia

"Em um gesto de elegância, as caravanas de militantes que vieram de todo o País e do exterior para acompanhar o julgamento do ex-presidente Lula concederam a Porto Alegre o título de 'capital da democracia'. Muito merecido", escreve Marcelo Auler, em seu blog

"Em um gesto de elegância, as caravanas de militantes que vieram de todo o País e do exterior para acompanhar o julgamento do ex-presidente Lula concederam a Porto Alegre o título de 'capital da democracia'. Muito merecido", escreve Marcelo Auler, em seu blog (Foto: Gisele Federicce)
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Por Marcelo Auler, em seu blog - Em um gesto de elegância, as caravanas de militantes que vieram de todo o País e do exterior para acompanhar o julgamento do ex-presidente Lula concederam a Porto Alegre o título de “capital da democracia”.

Muito merecido. Até agora, os incidente registrados foram provocados pelas autoridades. Especialmente, pelo governador de José Ivo Sartori (MDB) e o prefeito Nelson Marchezan Júnior. Ambos se esforçaram para que a cidade fosse sitiada por forças militares.

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Nesta terça-feira (dia 23/01) um dos principais eventos era o “Encontro de Mulheres Pela Democracia”, no auditório Dante Baroni, na Assembleia Legislativa do Estado. Tratava-se um debate para pouco mais de 500 mulheres, no qual a ex-presidente Dilma Rousseff seria a principal palestrante.

Surpreendentemente, faltou luz na sede do parlamento gaúcho. Os funcionários da Casa explicaram que o corte de energia havia atingido uma parte do Centro de Porto Alegre. Ocorre que a menos de 500 metros da Assembleia fica o Palácio Piratini. Ali não faltou iluminação. Os suntuosos candelabros estavam acesos. Talvez dava para ver da rua que o ar condicionado do palácio ocupado por Sartori operava normalmente.

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Na portaria, cercada por soldados fortemente armados, justificaram que o Palácio estava sendo alimentado de energia por um gerador próprio.

Se era uma tentativa de evitar o encontro, o efeito foi inverso. Proporcionalmente muito maior.

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Por volta de 10h30, as organizadoras resolveram transferir o encontro para a praça Marechal Deodoro, onde ficam a Assembleia, o próprio Palácio, o Tribunal de Justiça, a catedral e o Teatro São Pedro. O Centro Histórico da capital gaúcha em questão de minutos recebeu não apenas as 500 mulheres esperadas no auditório interditado pela inexplicada falta de luz – “boicote!”, rapidamente alegaram alguns  – mas um improvisado comício para mais de 5 mil pessoas.Bastou apenas chegar um caminhão de som. 

1. Chegada de Dilma Rousseff à manifestação na praça (Vídeo: Armando Rodrigues Coelho Neto)

As mudanças no evento ocorreram de maneira pacífica e respeitosa. Realizá-lo no auditório no auditório Dante Baroni, tinha um significado especial. Ali, há 53 anos, aconteceram vários atos contra a ditadura militar de 64. Outra coincidência que os administradores daquela Casa não souberam esclarecer: tão logo as mulheres  desocuparam o histórico auditório a luz voltou a brilhar no interior do edifício sede do parlamento.

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Sempre com bom-humor abandonaram a escuridão legislativa bradando uma nova palavra de ordem: “Nem recatada. E, nem do lar. A mulherada está na rua para lutar”. No meio disso um toque poético. Antes dos discursos terem início, uma militante leu do alto do carro de som o poema “Faz escuro. Mas, eu canto”  do amazonense Thiago de Mello.

A delicadeza dos versos serviu como um verdadeiro tapa de luva nas autoridades locais. Não importando se o apagão foi intencional ou acidental.

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Todos, porém, viviam a expectativa de no final desta terça-feira (23/01),  do pronunciamento de Lula para à multidão, na famosa “Esquina Democrática”, no cruzamento das Avenida Borges de Medeiros e a Rua da Praia. A torcida era no sentido de que o estoque de “coincidências das autoridades locais”tenha se esgotado e eles passem a respeitar a manifestação popular naquela que os militantes classificam como “capital da democracia”.

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