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Ronaldo responde manifestantes: "eu não sou político"

Cerca de 30 pessoas do movimento "Juntos!" fizeram um protesto nesta quinta-feira em frente à agência do ex-jogador, na zona oeste de São Paulo, contra suas recentes declarações; Ronaldo respondeu pelo Facebook: "Não é aqui, onde há vários funcionários trabalhando, nem de mim, que vocês devem cobrar nada. Eu não sou político, sou cidadão comum! E estou tão insatisfeito quanto vocês!"  

Cerca de 30 pessoas do movimento "Juntos!" fizeram um protesto nesta quinta-feira em frente à agência do ex-jogador, na zona oeste de São Paulo, contra suas recentes declarações; Ronaldo respondeu pelo Facebook: "Não é aqui, onde há vários funcionários trabalhando, nem de mim, que vocês devem cobrar nada. Eu não sou político, sou cidadão comum! E estou tão insatisfeito quanto vocês!"   (Foto: Gisele Federicce)
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247 – O ex-jogador Ronaldo respondeu, em sua página no Facebook, aos cerca de 30 manifestantes do movimento "Juntos!" que, nesta quinta-feira 5, fizeram um protesto em frente à sua agência 9ine contra as recentes declarações do membro do Comitê Organizador da Copa.

O grupo mostrava cartazes contra o posicionamento do ex-jogador que chegou a declarar, no ano passado, que "não se faz Copa com hospital" e, mais recentemente, que "tem que baixar o cacete nos vândalos", em referência ao movimento dos black blocs. Eles gritavam: "ô Ronaldo, preste atenção, povo não quer estádio, quer saúde e educação".

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Leia abaixo o posicionamento do empresário, que disse ter levado a manifestação na "esportiva":

"Ôô galera, presta atenção! Eu pago meus impostos por saúde e educação! Ôô galera, se liga então! Não é na minha agência que rola corrupção! Ôo galera, qual a intenção? Ninguém aqui é contra a sua manifestação!

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Levei na esportiva a baderna que alguns manifestantes do coletivo "Juntos!" fizeram hoje na porta da 9ine WPP. Porque não é possível que alguém esteja realmente levando isso a sério, é? Acho lamentável o tempo e a energia desperdiçados. Não é aqui, onde há vários funcionários trabalhando, nem de mim, que vocês devem cobrar nada. Eu não sou político, sou cidadão comum! Minha honestidade não é vulnerável, nem está à venda. E estou tão insatisfeito quanto vocês!

Quando falei em "baixar o cacete", deixei bem claro que me referia aos VÂNDALOS, que se aproveitam da boa intenção das manifestações pacíficas para saquear estabelecimentos e depredar patrimônio público. Alguém em sã consciência apoia esse tipo de comportamento?

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Estamos às vésperas de sediar o maior evento midiático do planeta, com 32 bilhões de espectadores em audiência acumulada no total de jogos. A Copa do Mundo, para mim e para tantos, sempre foi um sonho. Infelizmente, não pude desfrutar do prazer de jogá-la em casa, mas nunca imaginei que trabalhar voluntariamente para recebê-la aqui pudesse me render tantos desafetos.

O fato é que as pessoas estão confundindo as coisas:

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1° – Ninguém merece ser insultado por qualquer opinião – seja ela boa ou ruim – a respeito da Copa. Visões distintas não justificam agressões. Quem quer curtir tem o direito de curtir sem culpa, sem pressão, sem imposição.

2° – "Não faz sentido achar que festa de aniversário é hora adequada para mamãe e papai discutirem a relação. Poderemos debater nossos problemas com a profundidade e a urgência que eles merecem quando as visitas forem embora. A Copa não é do governo, a Copa é nossa." (Nizan Guanaes)

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A minha vergonha é política. Única e exclusivamente. Mas o que entra em campo no dia 12 de junho é o nosso futebol. É o futebol do mundo. É a miscigenação. É a riqueza cultural. É o esporte pela paz, pela ciência, pela sustentabilidade e pelo respeito à diversidade étnica. É a nossa seleção – a mais vezes campeã – rumo ao Hexa!

Fora de campo, que fique claro, de uma vez por todas: os meus anseios, como brasileiro, são os mesmos de vocês. Toda a infra-estrutura de que o Brasil carece interfere diretamente na minha qualidade de vida. Não sou alheio ou indiferente aos nossos problemas sociais. Para pobres e ricos, a honestidade custa caro por aqui. Pago altos impostos e pouco desfruto do que é público. Sem saúde, educação, transporte e segurança de qualidade, sou obrigado a recorrer aos serviços particulares – ou seja, pago duas vezes. E nunca esqueci as minhas origens, sei também o que é ter o serviço público como única opção.

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Mas represento o futebol, quero que a Copa seja linda e ponto final. Não há politicagem na minha posição. Tanto não há que deixo clara a minha desaprovação ao governo. Repudio a corrupção; sou prejudicado por tudo que prejudica cada brasileiro; e também desejo uma melhor e mais transparente gestão para o Brasil. Só não permito que a minha visão política me deixe cego para os inquestionáveis legados da maior competição internacional de esporte único sediada no nosso país.

A frustração com o governo deve se refletir nas urnas, e no engajamento político de cada cidadão para que as campanhas não se aproveitem tanto do analfabetismo funcional gerado pela cultura de massa. Mas as eleições são em outubro. A Copa do Mundo é agora!

Devemos permitir que a política do nosso país, que já nos priva de tantas coisas, também nos prive agora de viver essa alegria?

Ôô galera! Preste atenção! Na Copa eu torço, manifesto na eleição!"

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