SP: Eliton destaca força do agronegócio goiano

Goiás 247 - O vice-governador e secretário de Segurança Pública de Goiás, José Eliton, participou nesta segunda-feira (04) da abertura do Global Agrobusiness 2016, em São Paulo. A abertura oficial do evento foi feita pelo presidente interino Michel Temer. José Eliton, que também representou o governador Marconi Perillo, esteve ao lado de senadores, ministros e dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Pedro Taques (Mato Grosso).

Esta é a terceira edição do Global Agrobusiness, já considerado o maior do País no que diz respeito à debates e discussões sobre os rumos do agronegócio. Em 2016, tem como tema: “Agropecuária do amanhã: fazer mais com menos – Disseminando as bases do desenvolvimento sustentável”.

No hotel onde é realizado o evento, Eliton encontrou-se com produtores, fornecedores de insumos, de serviços e tecnologia, cientistas e pesquisadores, além de formuladores de políticas públicas para o setor. “O agronegócio é o setor da economia que, em tempos de recessão, tem contribuído fortemente para que os indicadores econômicos nacionais nos últimos tempos não fossem piores. Em Goiás, não nos abatemos em meio à crise: o Estado segue crescendo e ocupando lugar de destaque entre as unidades da federação que se valem da agricultura e pecuária, com resultados positivos e mercado promissor”, afirma.

O vice-governador também acompanhou painel comandado pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sobre o atual cenário da agricultura brasileira. Neste contexto, vale ressaltar pesquisa realizada pelo Instituto Mauro Borges, vinculado à Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan).

A agropecuária goiana participa com aproximadamente 13,2% da renda gerada no Estado. Desse total, cerca de 9% advêm da agricultura. Com essa força, Goiás figura em 4º lugar no ranking nacional da produção de grãos. As principais culturas goianas são soja, milho e cana-de-açúcar.

Dessas culturas, a importância econômica da soja no âmbito estadual é a mais expressiva. Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) geraram US$ 2,3 bilhões de divisas em 2014, o que representou 33% do total das exportações estaduais. Também, a dinâmica da soja contribui para a agregação de tecnologia em culturas que são plantadas como segunda safra, como sorgo e milho (safrinha).

Goiás ainda possui grande produção de milho e ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de produtores de sorgo. Goiás já é 3º no ranking de produção de cana-de-açúcar entre os Estados brasileiros. Essa elevada expansão da produção deste produto está relacionada à demanda cada vez maior do setor sucroalcooleiro por matéria-prima para suprir o crescente mercado de biocombustíveis.

A pecuária goiana também é importante economicamente, sendo que, aproximadamente 6% da renda gerada no Estado advêm dessa atividade. A abundância de grãos em Goiás favorece o desenvolvimento da criação intensiva de animais. Esse processo ocorre, em grande parte, por meio da parceria entre produtores agrícolas e a agroindústria (sistema integrado de produção), com o intuito de aumentar a competitividade via redução de custos de transação, produção e logística.

Encontro

Antes da abertura do Global Agrobusiness 2016, José Eliton encontrou-se com o presidente em exercício, Michel Temer, cujo discurso foi marcado por temas como “importância da pacificação nacional”, em alusão ao clima político pós-impeachment de Dilma Roussef, “conexão entre o poder Executivo (Palácio do Planalto) e o poder Legislativo (Congresso Nacional)”, “contenção de gastos e ajuste fiscal”, e ainda sobre o alongamento das dívidas dos Estados com a União – Goiás, representado no evento pelo vice-governador e secretário de Segurança Pública, foi um dos beneficiados.

“Conseguindo colocar o País novamente nos trilhos do desenvolvimento, não quero mais nada na vida pública”, disse Michel Temer, descartando, por antecipação, a possibilidade de disputar a reeleição em 2018. Ele ainda falou da necessidade de reconquistar a confiança junto aos investidores estrangeiros e na eminente necessidade de gerar mais empregos formais.