Suspeito de terrorismo criava galinhas no RS
O suspeito preso pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul, acusado de premeditar ato terrorista na Olimpíada e fazer juramento ao Estado Islâmico, é um criador e vendedor de galinhas de raça no município de Morro Redondo; ele confirmou à PF ter mantido conversas com desconhecidos pelo Telegram, mas negou a intenção de praticar atentados; o pai dele afirmou que o filho usava celular para receber encomendas de galinhas; nomes dos suspeitos foram mantidos sob sigilo pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em coletiva ontem sobre a operação
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Rio Grande do Sul 247 - O suspeito preso pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul, acusado de premeditar ato terrorista na Olimpíada e de fazer juramento ao grupo Estado Islâmico, é um criador e vendedor de galinhas de raça no município de Morro Redondo, no sul do estado.
Ele confirmou à PF ter mantido conversas com desconhecidos pelo Telegram, aplicativo de conversas semelhante ao WhatsApp, mas negou a intenção de praticar atentados. Segundo a investigação, ele e outros suspeitos de várias partes do País aderiram ao EI.
O pai disse que o filho usava bastante o celular, para receber encomendas de galinhas. Clientes iam até a propriedade da família para buscar os animais criados pelo suspeito de envolvimento com o terrorismo. "O pessoal sempre ligava para comprar as galinhas dele. Ele estava sempre mexendo naquilo (celular)", contou.
Em conversas pelo chat, os suspeitos elogiaram os recentes atentados em Nice e Orlando e falavam sobre praticar atos terroristas no Rio. E discutiram a compra de armas.
O pai defendeu o filho. "Ele não é um bandido. Simplesmente falou com a pessoa errada na hora errada. Passaram esse "zap zap" aí. Ele, inocentemente, respondeu, achando que estava fazendo uma grande coisa. É um idiota, foi aceitar conversar com um cara que nem conhece. Ele nunca nos falou nada. Disse que estava conversando com amigos. O delegado perguntou qual era o plano. Ele disse que não tinha plano nenhum, que não faria atentado. Disse que foi respondendo às mensagens sem saber o que estava acontecendo", disse, conforme relato do Globo.
A família, que é católica, mas não praticante, desconhece que ele tenha adotado nome árabe. O pai disse acreditar na inocência do filho, confessou estar envergonhado e com medo de perseguição à sua família. Ele afirmou também que está decidido a retirar um outro filho da escola em Pelotas, por temer represálias. "Vão apontar e dizer: aquele é o irmão do terrorista. Estou morrendo de vergonha, nunca fiz nada de errado", lamentou.
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