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Com Bolsonaro no poder, Funai ignorou média de cinco alertas mensais sobre crise ianomâmi

Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ignorou 36 alertas sobre a crise humanitária ianomâmi entre abril e novembro de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro

Indígena yanomami e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Allan Santos/PR)

247 - A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ignorou 36 alertas sobre a crise humanitária na Terra Indígena Ianomâmi entre abril e novembro de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL). O número corresponde a uma média de cinco alertas mensais sobre as más condições dos indígenas no território. 

Segundo o jornal O Globo, os informes ignorados pelo governo Bolsonaro foram feitos pelos “próprios indígenas, organizações internacionais, como a ONU, e braços do Estado como o Ministério Público Federal (MPF)”. As denúncias abordavam graves violações dos direitos humanos, como estupros, desnutrição aguda e disseminação de doenças. 

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Um dos alertas foi feito pela então deputada federal Joenia Wapichana, que assumiu a presidência da Funai em janeiro, primeiro mês do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“A parlamentar disse, na época, que a causa das mortes envolvia ‘falta de assistência à saúde indígena em Roraima’ e cobrou providências. Dois dias depois, o caso foi enviado à Funai e Polícia Federal”, ressalta a reportagem. 

Questionada sobre a denúncia, a corporação não informou se investigou as denúncias feitas por Joenia Wapichana.

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