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Bolsonaro pode sacrificar o filho como Abraão, diz Juan Arias

O escritor Juan Arias aponta um dilema bíblico para Jair Bolsonaro: o de sacrificar o filho. Segundo Arias, há o Bolsonaro da Bala e o Bolsonaro da Bíblia e este último tem questões espinhosas para tratar; ele diz: "como para Abraão sua fé em Javé era inquebrável, a ponto de estar disposto a sacrificar seu filho, para Bolsonaro, afirmou ele, 'o que há de mais firme é o combate à corrupção', que havia sido um pacto de fé com seus eleitores"

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247 - O escritor Juan Arias aponta um dilema bíblico para Jair Bolsonaro: o de sacrificar o filho. Segundo Arias, há o Bolsonaro da Bala e o Bolsonaro da Bíblia e este último tem questões espinhosas para tratar. Ele diz: "como para Abraão sua fé em Javé era inquebrável, a ponto de estar disposto a sacrificar seu filho, para Bolsonaro, afirmou ele, 'o que há de mais firme é o combate à corrupção', que havia sido um pacto de fé com seus eleitores."

Em seu artigo, publicado no jornal El País, Arias destaca que "o novo presidente do Brasil, o capitão reformado Jair Bolsonaro, não é só o homem da bala, mas também o da Bíblia. Fez-se batizar na Terra Santa, nas águas do Jordão, as mesmas em que João Batista batizou Jesus. Não esconde ser crente e costuma erguer em suas mãos, junto da Constituição, o livro das Sagradas Escrituras. Quando ainda era deputado no Congresso, afirmou que o Brasil não é um Estado laico, e sim cristão, e muitos dos que o seguem apoiam uma teocracia como a melhor forma de governo para este país."

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Arias prossegue: "conhece-se de Bolsonaro sua fé nas armas como antídoto contra a violência no Brasil, que ceifa mais vidas que nas guerras em curso no mundo. Junto ao sinal da cruz dos cristãos, seu gesto preferido é o da mão imitando o disparo de um revólver. Durante sua campanha eleitoral que lhe concedeu 57 milhões de votos, o candidato à presidência da República manifestou três grandes atos de fé pessoal e política: fé em livrar os brasileiros das garras da violência que os golpeia e atemoriza; fé em recuperar a economia em crise, que está devolvendo milhões de famílias à pobreza e até à miséria; e, por fim, fé na luta sem trégua contra a corrupção política e empresarial."

O escritor evoca o Antigo Testamento para fazer uma análise do dilema que avança sobre a família Bolsonaro: "como homem da Bíblia, Deus pôs Bolsonaro perante uma prova de fogo com motivo do suposto escândalo de corrupção que atinge seu filho Flávio através de um de seus assessores. Algo que lhe deve ter feito recordar um dos episódios mais enigmáticos e emblemáticos com que Javé quis provar a fé do patriarca Abraão, considerado como o 'pai dos crentes'. Pediu-lhe, como prova de sua fé, que sacrificasse seu filho Isaac. É talvez a cena mais horripilante de todo o Antigo Testamento, narrada em Gênesis, 20. Abraão se encontrou frente ao dilema de oferecer a Deus o sacrifício do seu filho, que além do mais era inocente, ou quebrar seu pacto de fé nele. Escolheu ser fiel a Deus e decidiu sacrificar o seu 'filho amado'. Deus premiou sua fé, e um anjo deteve seu braço antes da execução."

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