Brito: Janot foi torpe por apontar golpe, mas não anulá-lo
"O procurador Rodrigo Janot apaga as luzes do seu mandato com um espetáculo deprimente de contradição. Pela manhã, deu parecer contrário á ação que visa anular o impeachment de Dilma Rousseff. À tarde, deixa claro que o impeachment foi urdido, entre outras coisas, pelo desejo do PMDB em travar a Lava Jato", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
O Procurador Rodrigo Janot apaga as luzes do seu mandato com um espetáculo deprimente de contradição.
Pela manhã, deu parecer contrário á ação que visa anular o impeachment de Dilma Rousseff, afirmando que “o processo de impeachment foi autorizado e conduzido com base em motivação idônea e suficiente, não havendo falar em ausência de justa causa”.
À tarde, ao oferecer a segunda denúncia contra Michel Temer, deixa claro que o impeachment foi urdido, entre outras coisas, pelo desejo do PMDB em travar a Lava jato, para o que não tinha a cumplicidade de Dilma:
“Os caciques do PMDB achavam que o governo não estava agindo para barrar a Operação Lava Jato em relação aos “aliados” por que queriam que as investigações prejudicassem os peemedebistas”.
“os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançar. Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados”.
Como se vê, – não é, Doutor Janot? – houve ” motivação idônea e suficiente”.
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