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Empresário idolatrado, Samuel Klein mantinha engrenagem de crimes sexuais contra menores nas Casas Bahia, relata jornalista

Thiago Domenici, da Agência Pública, um dos responsáveis pela investigação sobre os estupros cometidos por Samuel Klein contra menores de idade, conta ter achado surpreendente o silêncio da imprensa sobre o escândalo. Assista na TV 247

Thiago Domenici e Samuel Klein (Foto: Divulgação)
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247 - O jornalista Thiago Domenici, da Agência Pública, um dos autores da reportagem que revelou as acusações de crimes sexuais cometidos pelo empresário Samuel Klein, que foi dono das Casas Bahia, contou à TV 247 sobre o processo de apuração e criticou o silêncio da imprensa tradicional brasileira diante do escândalo envolvendo uma das figuras mais icônicas do empresariado brasileiro.

Segundo Domenici, Klein, falecido em 2014, se utilizava das instalações das Casas Bahia, dos funcionários e dos bens da empresa para conseguir explorar suas vítimas. “É uma reportagem que traz uma dezena de relatos de mulheres, algumas menores de idade na época desses crimes sexuais que elas denunciam. São relatos que chocam porque mostram toda uma engrenagem que foi construída”.

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“Esses relatos falam de abusos, de crimes sexuais dentro da sede das Casas Bahia em São Caetano do Sul cometidos pelo Samuel Klein, e também em outros lugares onde ele tinha casa: Guarujá, São Vicente, Angra dos Reis… Para esses crimes acontecerem, ele usava a estrutura não só das Casas Bahia, como funcionários, helicópteros e iates. As mulheres fazem muito esse relato de que essa exploração se dava em troca de coisas, ou dinheiro, ou produtos das Casas Bahia ou essas coisas de viajar de helicóptero, de iate. Os relatos são muito chocantes. A gente até não coloca os relatos nus e crus porque são realmente muito chocantes”, complementou.

Para o jornalista, veículos da grande mídia censuraram a história de Klein revelada pela Agência Pública. “O que é importante saber é essa biografia oculta do Samuel Klein, ele que durante décadas e décadas foi essa figura idolatrada pelo empresariado brasileiro. Morreu em 2014 meio que com essa imagem de mito do empreendedorismo brasileiro e a gente sente que tudo que a gente fez tem relevância e extremo interesse público. E muito nos surpreendeu, após a publicação, que a grande imprensa brasileira se silenciou em relação a essa denúncia que a gente fez. A gente repara que muitos colegas jornalistas reconhecidos divulgam a reportagem nas suas redes sociais, comentam, mas a grande imprensa não fez a cobertura noticiosa do fato, dessa denúncia, que é o que em geral acontece quando se vem à tona um escândalo dessa magnitude”.

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